Página Inicial | SÁBADO, 28 DE SETEMBRO DE 2024
Postada por: Jr Lopes dia 25/06/2012
Mais de 70 cidades de SP criam leis por segurança em bancos
Compartilhar Notícia

Ao menos 72 cidades paulistas já têm leis municipais que propõem dar mais segurança aos clientes de bancos.
 

A maioria das normas obriga a instalação de divisórias entre os caixas e a área de espera para dar mais privacidade aos clientes. Há ainda outras leis, como proibição do uso de celular dentro dos bancos, instalação de câmeras dentro e fora das agências e blindagem de vidros.


O levantamento de cidades que aprovaram as leis é da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que tem posição diversa sobre as regras.
 

No caso das divisórias, por exemplo, a Febraban diz ser contra porque, segundo o órgão, as estruturas criam pontos cegos que dificultam a ação dos vigilantes.


Um dos casos mais recentes de lei desse tipo no Estado é o de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), que no último dia 6 regulamentou a obrigatoriedade de divisórias dentro dos bancos.


Os defensores do uso dos biombos argumentam que, com as estruturas, os clientes terão mais privacidade principalmente ao sacar quantias elevadas de dinheiro.


A ideia é evitar que "olheiros" vejam o saque e, com isso, tentar impedir o crime chamado de "saidinha", quando ladrões atacam clientes que deixam as agências. A efetividade dessas leis, porém, está ligada diretamente à capacidade de fiscalização dos municípios.


Em Araraquara (273 km de São Paulo), por exemplo, onde a lei das divisórias já existe desde outubro de 2010, a prefeitura diz que fez uma ampla fiscalização no ano passado, que resultou em 23 advertências e 12 infrações.
 

Neste ano, a fiscalização só encontrou uma agência que não havia se adequado.


FALTA DE FISCALIZAÇÃO


Já em Franca (400 km de São Paulo), a lei que exige as divisórias está em vigor desde setembro de 2010, mas, como não houve fiscalização, a regra pouco saiu do papel.
 

Até o início deste mês, segundo o Sindicato dos Bancários de Franca, apenas um banco -o Mercantil do Brasil-, que tem uma única agência na cidade, cumpria a lei de dois anos atrás.
 

Por causa disso, segundo o sindicato, o órgão procurou a prefeitura para cobrar fiscalização. Só assim, a administração notificou os bancos e deu prazo até agosto para colocação das divisórias. A prefeitura alegou que houve a demora porque havia dúvidas sobre a regra.


O especialista José Vicente da Silva, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, diz concordar com o argumento da Febraban de que as divisórias mais atrapalham a segurança dentro das agências do que ajudam.


Ele disse que as leis municipais são "oportunismo político" de vereadores que propõem projetos inócuos. Procurada, a Polícia Militar informou que apoia todas as iniciativas que possam aumentar a segurança.


Fonte: Folhaonline







Naviraí Diário | Todos os Direitos Reservados