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Postada por: Jr Lopes dia 25/04/2017
Município tem prefeita cassada e candidato derrotado inelegível
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Após uma disputa acirrada pelo comando de Fátima do Sul, na região Sudoeste de Mato Grosso do Sul, a 232 quilômetros de Campo Grande, o futuro da cidade está nas mãos da Justiça Eleitoral.

 

Prefeita de Fátima do Sul, Ilda Machado, e o vice, Altair Vieira de Albuquerque, tiveram os diplomas cassados e foram declarados inelegíveis por capitação ilícita de sufrágio (compra de votos). O outro candidato, Junior Vasconcelos, também foi declarado inelegível pelo mesmo período por ter participado de reunião com pessoas que receberiam casas populares.

 

Prefeita e segundo colocado estão recorrendo das decisões de primeira instância. Os julgamentos dos recursos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS) que haviam sido marcados para esta quarta-feira (25) foram adiados para 8 de maio, a pedido da defesa de Ilda Machado.

 

Conforme o TRE/MS, existe a possibilidade de uma nova eleição, mas apenas se as três instâncias confirmarem a cassação do diploma da prefeita, que obteve 51,67% dos votos válidos.

 

Na eleição de outubro de 2016, a diferença entre os candidatos foi de 3,34 pontos percentuais. Junior Vasconcelos, que tentava a reeleição, obteve 48,33% dos votos.

 

Defesas

Ilda Machado responde a dois processos por compra de votos nas eleições do ano passado. Em um deles, segundo a advogada Caroline Mendes Dias, a juíza eleitoral Rosângela Alves de Lima Fávero entendeu que houve compra de votos por causa de uma pomada ginecológica de R$ 12. “Não tenho dúvida que vamos reverter. A Ilda nem sabia que a pomada tinha sido dada”, disse.

 

No outro processo, a prefeita responde por causa de um vídeo, onde aparece entregando R$ 700 a um eleitor em troca de três votos. A advogada Caroline Mendes Dias diz que se trata de uma montagem.

 

Enquanto couber recurso, Ilda permanece no comando da prefeitura. Ela está em seu terceiro mandato na administração municipal.

 

Segundo colocado

Já o ex-prefeito Junior Vasconcelos, que tentava a reeleição, disse ao G1 que realmente participou de uma reunião referente a casas populares. “Não era um evento oficial da prefeitura e não estávamos no período eleitoral. Foi antes da convenção”, afirmou.

 

O advogado dele, Fábio Mendes, explicou que irá trabalhar com duas frentes. “O evento não foi promovido pela prefeitura, mas pela entidade responsável pelas casas, logo não era um evento de campanha. Além disso, partindo para proporcionalidade e razoabilidade, mesmo que venha a condenado pela reunião, ele não deve ficar inelegível, apenas receber multa”, argumentou.


Fonte: TV Morena







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