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Postada por: Andrey Vieira dia 21/04/2011
Homem faz parto da esposa dentro de caminhonete em estrada vicinal
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O menino José Oliver nasceu nesta tarde, dentro de uma caminhonete a caminho da cidade. Primeiro filho de Eliene Aparecida Garcia Villalva, 16 anos e de Cícero Ávila Macedo, 28 anos, o bebê veio um pouco antes do esperado, e pegou a família que trabalha em uma fazenda a 70 quilômetros da Capital de surpresa. O pai de primeira viagem que fez o parto, no banco de trás da caminhonete, enquanto ele, a esposa e o médico veterinário da fazenda tentavam chegar à cidade.


“Não tem como explicar, ser pai e ainda fazer o parto. Só Deus sabe o que eu estou sentindo. Eu tentava manter a calma, mas é emoção demais”, afirmou Cícero emocionado.


A mãe começou a sentir dores na madrugada e as contrações começaram por volta do meio-dia. Os funcionários da fazenda ligaram para o médico veterinário que trabalha na fazenda para pedir ajuda. O bebê previsto entre o final de maio e a primeira semana de junho, nasceu às 14h25 desta tarde, com saúde e história para contar.


O Corpo de Bombeiros foi acionado logo após o almoço, mas a dificuldade para encontrar a estrada de acesso à fazenda fez com que o próprio pai fizesse o procedimento. No banco da frente, o médico veterinário dirigia aflito, enquanto o pai fazia o parto do bebê.


“Eu vi que ia ter. Daí eu mesmo fiz. Tirei a sujeira, limpei e envolvi o meu filho num pano”, conta.
Durante atendimento do Corpo de Bombeiros, o pai estava tentando se tranquilizar, o nervosismo só passou quando a confirmação de que a saúde de José Oliver estava perfeita.


“Ele está bem? Está bem mesmo? Esse chorinho dele me incomodava. Eu estava muito preocupado. E o medo de acontecer qualquer coisa?” comentou.


Segundo ele, a esposa foi guerreira porque o menino nasceu “grandão”.

A dor do parto deu lugar à alegria de ter o filho nos braços depois dos minutos de agonia em que a família passou dentro do carro.


“Eu pedi muito a Deus para me salvar, queria que meu bebê nascesse com saúde”, diz a mãe.


O veterinário Wagner Ferreira Gonçalves se mostrava desesperado. “Eu não sabia o que fazer. Não dava para ajudar, não podia correr muito, mas também não podia parar”, relata.


A emoção tomou conta também da equipe do Corpo de Bombeiros que realizou o atendimento. Quando os militares chegaram, a mãe tinha a criança recém nascida próxima ao corpo, ainda com cordão umbilical e envolta em uma colchinha.


A militar Patrícia Sabioni conta, com o menino nos braços, que esperou seis anos, desde que entrou na corporação para fazer um parto.


“Já vi tanta coisa ruim, mas nunca consegui pegar uma emoção dessas. Era louca para fazer isso. Não fizemos o parto, mas chegamos logo depois”, fala.


Como o parto aconteceu no deslocamento da fazenda para a cidade, o trabalho do Corpo de Bombeiros foi para cortar o cordão umbilical, estabilizar e monitorar José Oliver.


“É por essas e outras que amamos a profissão. Em meio a tantas tragédias, eis que surge uma vida”, finaliza a militar.


Mãe e filho foram levados para o Hospital Universitário e passam bem.


Fonte: CG News







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