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Postada por: Jr Lopes dia 13/04/2011
Cerca de 1.500 pessoas se reúnem para missa em escola no Rio
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Pessoas prestam homenagem às vítimas do massacre na escola municipal em Realengo, no Rio (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)


A missa em homenagem às vítimas do massacre na escola Tasso da Silveira (zona oeste do Rio de Janeiro) reunia cerca de 1.500 pessoas por volta das 9h, horário em que a celebração estava prevista para começar. O número deve aumentar, já que o fluxo de pessoas chegando à escola era intenso.


A chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, já estava no local. Era esperada ainda a chegada do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e do governador Sérgio Cabral (PMDB).


A celebração será presidida pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, e terá a participação de bispos auxiliares e padres da região.


Alguns adolescentes que sobreviveram ao ataque do ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23, vão participar da cerimônia. Ao final da missa, será lida uma mensagem por todos que foram vítimas da tragédia.


Às 10h, horário previsto para o fim da celebração, será feito um ato com representantes de diversas religiões. Às 15h, o prefeito do Rio deve se reunir com professores e funcionários da escola.


Aulas


O retorno às aulas está previsto para a próxima segunda-feira (18). Segundo o diretor Luís Marduk, o plano era fazer um dia de "reinvenção" da escola, com a participação de todas as crianças. Agora, ele diz que a escola pretende fazer um recomeço discreto, sem grande mobilização. Apenas os alunos do 9º ano devem participar, com atividades culturais e recreativas.


Segundo Marduk, a escola já está sendo reformada, em um processo que será feito aos poucos e com a participação dos alunos.


Ao menos dez pais já pediram a transferência de seus filhos para outra escola, de acordo com o diretor. Para ele, o número é pequeno diante da dimensão da tragédia.


Sigilo


Ontem, a Justiça autorizou a quebra do sigilo eletrônico de Wellington. Após autorização judicial dada na segunda (11), a polícia já tinha iniciado a análise dos e-mails recebidos e enviados pelo atirador, além de suas conversas por meio do MSN (serviço de mensagens instantâneas da Microsoft).


A decisão de ontem atinge os registros do atirador no Google. Segundo a juíza Alessandra de Araújo Bilac de Moreira Pinto, da 42ª Vara Criminal do Rio, a única forma de prosseguir com as investigações é vasculhar os vestígios virtuais armazenados pela empresa, "para conseguir mais informações sobre Wellington, e quaisquer outras pessoas que tenham participado do fato e os motivos que o levaram a cometê-lo."


O pedido de quebra de sigilo foi feito após a polícia encontrar indícios de que o atirador participava de uma organização religiosa. Em manuscritos encontrados em sua casa, em Sepetiba (zona oeste), o atirador sugere que participa de um grupo com outras pessoas.


A polícia também trabalha com a hipótese de que as anotações sejam apenas fruto da imaginação de Wellington.


Ontem, o "Jornal Nacional", da TV Globo, divulgou vídeos feitos pelo atirador em que ele fala sobre o planejamento do crime.


"A luta pelo qual muitos irmãos no passado morreram e eu morrerei não é exclusivamente pelo o que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem", disse.


Oliveira também afirmou que visitou a escola dois dias antes do massacre e disse que tirou a barba para não chamar atenção.


Fonte: Folhaonline







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