A tarifa de energia já está mais cara a partir de hoje para 815 mil clientes da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul). A empresa é responsável pelo abastecimento de 72 municípios de Mato Grosso do Sul.
O aumento, autorizado no dia 5 de setembro, foi homologado hoje pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com a publicação no Diário Oficial da União.
O aumento médio é de 17,49%, com diferenciação entre as classes de consumidores. Os de baixa tensão, a grande maioria, já estão pagando, a partir de hoje, 18,57% a mais pela energia consumida. Para os consumidores de alta tensão, o reajuste é de 14,86%. Essa nova tarifa vale até 7 de abril do ano que vem, quando será definido um novo aumento.
O Concen (Conselho dos Consumidores da Enersul)informou que aguardava apenas a homologação para tentar junto à Aneel uma revisão do índice de reajuste, considerado muito alto.
Mais protestos
Uma comissão de parlamentares de Mato Grosso do Sul foi até a sede da Aneel, para a reunião que definiu o reajuste na tentativa de convencer os conselhereiros da agência a aprovar um percentual menor, sem sucesso. O aumento médico ficou apenas um pouco abaixo do que a empresa queria, 17,56%.
Após a definição do reajuste, o deputado estadual Marcos Trad (PMDB), disse que vai ao MPF (Ministério Público Federal) para questionar o contrato que define os aumentos anuais da tarifa da Enersul. Ele contesta o índice inflacionário utilizado, o IGPM, o mais alto entre os que medem a alta do custo de vida. Este ano, por exemplo, o IGPM ficou em 10,97%.
Entre os consumidores, também sobraram reclamações e um grupo promete realizar, amanhã, um protesto na frente da sede da Enersul, levando produtos estragados durante oscilações de energia.
Fonte: CG News