A UTI neonatal e a maternidade do Hospital Universitário de Maceió foram fechadas após a confirmação da morte de três recém-nascidos na instituição. Pelo menos duas mortes foram causadas por uma bactéria de alta resistência. O terceiro recém-nascido, segundo a assessoria de imprensa do hospital, possuía uma má-formação e não é possível afirmar se a morte foi causada pela bactéria.
A UTI neonatal e a maternidade devem permanecer fechadas por tempo indeterminado, até que todos os procedimentos necessários para a desinfecção sejam realizados. Os óbitos na UTI foram registrados, segundo o hospital, entre fevereiro e março deste ano.
"A maternidade e a UTI passarão por um processo de limpeza de objetos, parede, chão, de tudo, e isso deve levar tempo indeterminado. A situação está sob controle", afirma ao G1 o diretor técnico do hospital, Alberto Jorge Fontan.
Com a interdição das alas, ainda segundo informou a assessoria na manhã desta sexta-feira (1º), não serão aceitos novos pacientes na UTI neonatal e na maternidade, e os que já estão nas unidades deverão ser transferidos ou receberão tratamento no próprio hospital.
Outra vítima
Um idoso de 70 anos que estava hospitalizado por causa de um Acidente Vascular Cerebral e que sofria de doenças pulmonares morreu, no último dia 25 de março, depois de ter o quadro de saúde agravado por uma bactéria de alta resistência. A informação foi confirmada nesta sexta, pela assessoria de imprensa do Hospital Universitário da capital alagoana.
Segundo o hospital, o idoso estaria infectado por uma bactéria altamente resistente a antibióticos. Ele teria sido contaminado em outro hospital, onde recebeu os primeiros atendimentos. O óbito do idoso, no entanto, segundo o hospital, não estaria relacionado diretamente com a bactéria.
Outra paciente está internada no Hospital Universitário com a mesma contaminação. Segundo a instituição, ela está isolada e seu estado de saúde é estável.
Interdição
Em 2 de fevereiro, a UTI neonatal do Hospital Universitário já havia sido interditada por causa de uma bactéria de alta resistência, segundo a assessoria de imprensa da instituição. Na ocasião, dos sete bebês que estavam internados na unidade, apenas um foi diagnosticado com infecção por essa bactéria e os demais permanaceram em isolamento por infecções de outras origens.
Fonte: G1