A coalizão composta por EUA, Reino Unido, França, Canadá e Itália retomou neste domingo (20) os ataques ao território líbio, segundo agências internacionais de notícias.
Aviões americanos realizaram ataques aéreos nesta manhã sobre tropas terrestres e defesas aéreas do ditador líbio, Muammar Kadhafi, informou o Pentágono em um comunicado. O objetivo da intervenção internacional é impedir que Kadhafi, há 42 anos no poder, volte a atacar opositores ao seu regime. A operação atende a uma resolução aprovada pela ONU que autoriza 'qualquer medida' para impedir o massacre de civis no país.
Em entrevistas a canais americanos, o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA disse que as forças aliadas conseguiram estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o país. Segundo Mike Mullen, a operação está até agora sendo bem sucedida, embora ainda haja 'muito a fazer'.
A Dinamarca avisou que tem quatro aviões de guerra prontos para enviar à Líbia e que estava aguardando instruções americanas.
Ao menos 64 pessoas foram mortas após o início dos ataques de sábado, de acordo com fontes médicas líbias.
Armas ao povo
A agência oficial líbia informou que o regime de Kadhafi começou a distribuir armas para mais de um milhão de pessoas.
Em mais um discurso na manhã deste domingo, o ditador garantiu que não deixará a sua terra e que irá "libertá-la" das forças da coalizão, que iniciou ataques aéreos ao país neste sábado (19). "Liquidaremos qualquer traidor ou colaborador da coalizão", ameaçou Kadhafi em um pronunciamento pela TV estatal. O líder disse que não deixará o Ocidente roubar ou explorar o petróleo do país, e assegurou que "todo o povo líbio está armado e vencerá". O ditador ainda disse que prevê "uma longa guerra" contra os opositores.
Fonte: G1