Paulo Hamilton

A educação no Brasil foi o principal foco nas eleições de 2010, mas será que só agora perceberam sua importância?

O que podemos esperar de um país que está buscando a qualquer custo, tornar-se desenvolvido, que não investe na educação que é o princípio básico para melhoria de outros setores que geram um país?

Sabemos que a educação é a principal arma que temos em nossas mãos e ela nunca acaba, com ela somos capazes de mudar muita coisa que está  errada por aí. Mas a cada dia que passa, parece que a educação está sendo deixada de lado, um exemplo disso é só olharmos para o nosso cenário político e os slogans utilizados nas campanhas vexatórias que nos foram colocadas em rede nacional.

O Brasil que é a grande potência da América Latina, deve lutar por uma educação de qualidade e não de quantidade. Não basta colocar grande número de alunos em faculdades se quando chegarem lá não terão base necessária para tornarem-se bons profissionais.

Os professores necessitam de um ajuste salarial urgente. É vergonhoso o salário pago a estes bravos guerreiros (estes sim são heróis e não os ocupantes da casa do BBB que o Pedro Bial teima em chamá-los de “guerreiros e heróis”), que agüentam vários tipos de agressões constantemente, e que precisam trabalhar em dupla jornada para tentar sobreviver e poder viver com dignidade.

Quando um professor faz greve, além de não ter o aumento desejado, ainda tem o ponto cortado. Por que outras profissões são valorizadas? Se não houvesse o professor, não haveriam médicos, advogados, engenheiros e outras profissões dignas, o professor é o profissional que faz com que origine as demais profissões.

Chega de ficarmos falando somente, já é hora de agir, todos nós queremos um ensino de qualidade, ensino público de qualidade, porque é desleal a disputa entre alunos de escolas públicas que não têm condições de estudar e competir com um aluno de escola privada que tem aulas em período integral , para tentarem uma mesma vaga em um vestibular.

O Brasil precisa de educação já. Não adianta ficarem dando um monte de bolsas assistencialistas, se não investirmos em qualidade de ensino, pois é somente com uma educação decente, que crianças e adolescentes desse país vão poder andar de cabeça erguida, tendo a idéia de que todos realmente são iguais.

Como discutir aborto, pena de morte, biocombustível, divedsidade cultural, em um país que paga R$. 610,00 líquidos para a maioria dos professores nos Estados? Como? Como?

Um abraço fraternal a todos.

(**Paulo Hamilton é professor aposentado em Naviraí e colaborador do Naviraí Diário)

Fonte: Paulo Hamilton