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Postada por: Andrey Vieira dia 06/01/2011
Produção de veículos cresce 14,3% em 2010 e bate novo recorde
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Produção de veículos cresce 14,3% em 2010 e bate novo recorde no Brasil (Foto: Reuters)


A indústria automobilística nacional fechou o ano de 2010 com um novo recorde de produção: 3.638.390 unidades fabricadas. O volume representa alta de 14,3% sobre o ano de 2009, quando saíram das linhas das montadoras 3.182.923 veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).


De acordo com a entidade, somente de automóveis e comerciais leves foram produzidas 3.401.190 unidades, a expansão é 12,4% em relação ao ano passado, quando foram produzidas 3.024.775 unidades.


Já o segmento de caminhões foi o que apresentou a maior alta, 54,7%, em relação a 2009 que havia fechado o ano com 123.633 unidades, e trouxe um novo recorde ao segmento. Ao todo, a produção chegou 191.321 unidades.Também com números históricos, o segmento de ônibus encerrou o ano com 45.879 unidades produzidas, aumento de 32,8% sobre o ano anterior quando haviam sido fabricadas 34.535.


O resultado confirma as projeções anunciadas anteriormente pela Anfavea que já considerava o contínuo aquecimento do mercado interno e a dificuldade de recuperar as exportações.


Exportações
Com o mundo se recuperando da crise a indústria automobilística brasileira, o Brasil conseguiu vislumbrar uma realidade melhor em 2010. Ao todo, foram vendidos no mercado externo 765.680 veículos. O volume representa crescimento de 61,1% sobre o total exportado em 2009 de 475.325 unidades.


Isso significa que a crise que abalou os principais compradores de veículos nacionais já não ameaça mais as exportações brasileiras. Porém, a Anfavea ressalta que a indústria não é suficientemente competitiva para se manter crescimento nas exportações. Como comparação, em 2008 haviam sido exportadas 734,6 mil unidades.


Apesar da recuperação, em valores o crescimento foi de 54,7% na comparação com 2009. De janeiro a dezembro do ano passado, as montadoras exportaram US$ 12,9 bilhões, enquanto que em 2009 foram US$ 8,3 bilhões. No entanto, em 2008 as exportações em valores foram maiores, de US$ 13,93 bilhões em veículos e máquinas agrícolas. Ou seja, o valor agregado nos produtos caiu para as fabricantes não perderem clientes no exterior.


Assim, as montadoras nacionais continuam dependendo do mercado interno. Os licenciamentos de veículos novos no país somaram 3,51 milhões de unidades, segundo a Anfavea. O volume supera em 11,9% as 3,14 milhões de unidades registradas no ano anterior. Somente de veículos importados foram 660.141 unidades, destes 657.290 são de automóveis e comerciais leves (picapes e utilitários esportivo). Com o resultado, as importações atingiram crescimento de 35% em 2010 sobre 2009, de 488.874 unidades.


Dezembro
A produção em dezembro sofreu queda de 10,3% sobre novembro. Ao todo, foram para os pátios das fábricas 283.873 veículos, contra as 316.331 unidades no mês anterior. A queda é justificada pelo período de férias coletivas, quando as montadoras aproveitam para fazer ajustes nas linhas. A fabricação de automóveis e comerciais leves caiu 10,2%, por exemplo, para 265.755 unidades. Já a de caminhões teve retração de 9,2% para 15.789 unidades. A que sofreu maior queda foi a de ônibus, de 24,5%, de 3.085 para 2.329 unidades.


Empregos
O ano de 2010 encerrou com 136.103 pessoas empregas diretamente pelas fabricantes de veículos e máquinas agrícolas. O número é 0,2% superior ao de novembro, de 135.824 funcionários contratados. Em relação a dezembro de 2009, o aumento das contratações diretas chegou a 9,3%, já que naquele ano estavam contratadas 124.748 pessoas. O nível está entre os maiores dos últimos 10 anos.


Carros flex
De 2003, ano do lançamento dos modelos bicombustíveis, a 2010, as vendas acumuladas de veículos com esse tipo de motorização atingiram a marca de 12,5 milhões de unidades. As participações do flex no licenciamento total de carros são as seguintes: 2003, 4%; 2004, 22%; 2005, 50%; 2006, 78%; 2007, 86%; 2008, 87%; 2009, 88% e 2010, 86%. A queda na participação é justificada pelo aumento da importação de veículos, que normalmente não possuem essa tecnologia. A participação dos carros importados no licenciamento chegou a 18,8% em 2010.


Fonte: Auto Esporte







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