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Postada por: Andrey Vieira dia 02/01/2011
Embrapa adota mistura de sal ao inseticida na proteção da lavoura
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Pesquisadores da Embrapa adotaram as duas metodologias de proteção à lavoura (Foto: Divulgação)


O baculovirus e a mistura de sal ao inseticida são práticas que andam esquecidas pelo produtor, mas a pesquisa indica as duas técnicas e mostra seus bons resultados na área experimental do projeto Lavouras do Brasil, em Londrina, pesquisadores da Embrapa soja adotaram as duas metodologias de proteção à lavoura.


O plantio na área experimental de Londrina foi feito em duas épocas. A área mais desenvolvida, que já apresenta pequenas vagens, recebeu a aplicação do inseticida químico misturado ao sal de cozinha. A tecnologia, que auxilia principalmente no combate ao percevejo, foi muito utilizada pelos produtores. Em 1980, mais de dois milhões de hectares de soja eram tratados com essa prática no Brasil. Atualmente, a área que recebe sal junto com inseticida está reduzida a 200 mil hectares. A técnica caiu em desuso por uma série de mitos.


Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Adeney de Freitas Bueno, entre os grandes medos dos produtores está a possibilidade do sal atrair os percevejos para a área. O que não é verdade, pois o sal faz com que os percevejos fiquem mais tempo parados. Uma outra grande preocupação para usar o sal de cozinha é a ferrugem causada no equipamento de pulverização. O que é importante é fazer uma boa limpeza do equipamento de aplicação após o uso do sal de cozinha. Se bem lavado, o equipamento não enferrujará.


– O sal de cozinha potencializa a ação do inseticida porque os percevejos ficam mais tempo nas folhas salgadas e, assim, mais tempo também em contato com o inseticida. Por essa razão, o sal permite reduzir em até a metade a dosagem do produto químico – ressalta Bueno.


Na área mais jovem, ainda no período vegetativo, é grande a preocupação com o ataque de lagartas. O baculovirus é um inseticida biológico produzido a partir da própria lagarta infectada e ainda ajuda a controlar a infestação de outros tipos de lagartas, assegura o pesquisador.


Fonte: Canal Rural







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