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Postada por: Jr Lopes dia 28/09/2009
Transplantes de rins param em MS
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As cirurgias para transplantes de rins estão paradas em Mato Grosso do Sul há pelo menos seis meses. Os procedimentos são realizados na central da Santa Casa de Campo Grande, que passa por reformas. Com isso, cerca de 400 pacientes em todo o Estado, que aguardam na fila de espera, correm riscos de morte. A informação é do presidente da Associação dos Doentes Renais Crônicos e Transplantados de Dourados (Renasul), José Feliciano de Paiva.


Segundo ele, a situação é mais difícil para 30 pacientes do Estado, que estão prontos para a cirurgia. "Eles estão desesperados porque já fizeram os tratamentos necessários, conseguiram doador, mas podem acabar morrendo se os atendimentos não voltarem", disse, observando que a saúde fica debilitada.
Conforme ele, o maior temor dos pacientes é perder o doador, no caso daqueles que aceitaram a doação em vida. "Não é todo mundo que se submete aos tratamentos para doar um dos rins. Imagina para aqueles que se dispõem e ficam esperando; impedidos de cuidar da própria vida. Eles podem desistir a qualquer momento", ressalta.


Feliciano conta que diariamente é procurado por pacientes, que precisam da cirurgia. "O aparelho que ajuda nas funções do rim prolonga o dia de vida de cada um deles, porém, a saúde do paciente vai ficando debilitada com o passar do tempo. Além disso, ele sofre muito com o desconforto. Se deita, acorda com cãibra, precisa de ajuda para tomar banho, se trocar e fazer as tarefas que antes eram comuns em sua vida. Muitas vezes isso incomoda os familiares. O que ele mais quer é fazer o transplante para voltar a viver", conta.


Outro lado


Procurada pelo O Progresso, a médica Thaís Maria Monteiro Vendas, da equipe de transplantes da Santa Casa, informou que a paralisação se deu por vários motivos. Segundo ela, o primeiro impasse aconteceu com a greve dos anestesistas, seguida dos médicos cirurgiões e reformas que precisavam ser feitas de forma urgente no local. De acordo com ela, os trabalhos de revitalização estão em fase final e os atendimentos devem voltar em no máximo um mês.


Disse ainda que as equipes entendem o problema e que trabalharam para o atendimento voltar o mais rápido possível. "A boa notícia para os pacientes é que com a reforma, o governador André Puccinelli já garantiu recursos para a ampliação de atendimentos através da instalação de novos aparelhos e maior número de funcionários da saúde", disse a médica.


Outra novidade é a especialização dos servidores, que, segundo ela, estão aproveitando o período para fazer cursos de reciclagem nos maiores centros de capacitação em transplantes do Brasil, em São Paulo. "A equipe volta ainda mais preparada para captar e transplantar. Quem ganha são os pacientes".


Fonte: O Progresso







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