O mercado de câmbio negocia o dólar comercial por R$ 1,705 nas
primeiras operações desta segunda-feira. O valor significa um decréscimo de
0,58% sobre a taxa final de sexta-feira.

O foco dos negócios deve
continuar a ser a China, que no final de semana divulgou uma inflação de 5,1%
para o mês de novembro, ante 4,4% em outubro, confirmando as expectativas de
aceleração. As Bolsas de Valores asiáticas e europeias, no entanto, reagiram
positivamente nesta segunda, já que Pequim ainda não anunciou o temido aumento
dos juros básicos. Na sexta, o governo desse país há havia elevado a taxa de
recolhimento obrigatório dos depósitos bancários para a marca histórica de 19%.


Além do gigante asiático, notícias do EUA e do Brasil devem influenciar
o rumo dos negócios. Amanhã, o banco central americano tem uma nova reunião de
política monetária, após a divulgação de um importante índice de preços (o PPI,
relativo ao setor atacadista).

E no front doméstico, investidores e
analistas devem voltar sua atenção para a ata do Copom (Comitê de Política
Monetária), relativa à reunião da semana passada. Embora o Comitê não tenha
mexidos nos juros básicos, como o mercado esperava, enfatizou as medidas
recentes para conter a concessão de crédito, o que gerou dúvidas entre alguns
analistas do setor financeiro.

Hoje a agenda econômica tem poucos
destaques. Além da pesquisa Focus (projeções de bancos e corretoras) e da
balança comercial, deve merecer alguma repercussão o índice IGP-M (primeira
estimativa de dezembro), a cargo da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo o
boletim Focus, o mercado voltou a elevar a previsão para a inflação oficial, o
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), neste ano pela 13ª semana
consecutiva, passando de 5,78% para 5,85%. Para 2011, o prognóstico foi
reajustado de de 5,20% para 5,21%.