Um vereador indígena e mais três pessoas, entre elas um ex-capitão da reserva, foram presas por força de mandados de prisão expedidos pela Justiça da Comarca de Iguatemi, acusados de executarem outro indígena, crime ocorrido há duas semanas na Aldeia Jaguapiré em Tacuru.

Os quatro suspeitos, Alfredo Garay (PR), que está em seu primeiro mandato como vereador na Câmara de Tacuru, o ex-capitão da Aldeia Jaguapiré, Onides Borvão, Assunção Garay e Adair Nunes, foram presos no final da manhã de quinta-feira no interior da reserva indígena, durante uma operação que envolveu policiais civis de Tacuru e Paranhos e uma equipe da Polícia Federal de Naviraí.

Segundo o delegado encarregado pelas investigações do caso, Dr. Eduardo Lucena, titular da Delegacia de Polícia Civil de Tacuru, o vereador, em companhia dos outros acusados presos, teria capturado e degolado o indígena Derci Garcete, morador na própria Aldeia Jaguapiré.

De acordo com as informações do delegado, a execução do guarani-kaiowá por parte de seus “patrícios”, teria ocorrido por vingança, depois que Derci teria matado, também degolado, um professor indígena após uma briga ocorrida em uma festa no interior da aldeia, crime ocorrido também na semana passada.

Acusados coagiam testemunhas, diz delegado

O delegado responsável pelo caso, Dr. Eduardo Lucena, informou que representou pela prisão preventiva dos quatro acusados porque o quarteto estaria coagindo as testemunhas.

Segundo Dr. Lucena, ao serem presos, Alfredo Garay, Onides Borvão, Assunção Garay e Adair Nunes passaram a trocar acusações entre si, mas nenhum deles assumiu a autoria do crime.

De acordo com o delegado os acusados seriam levados para a cadeia pública de Iguatemi, sede da comarca, onde permanecerão presos à disposição da Justiça. O delegado informou que a prisão é preventiva e deverá ser mantida enquanto durar as investigações do caso.

Fonte: A Gazeta News