As universidades federais que utilizarão o Sisu como uma das formas de seleção aumentaram de 24 para 39 (crescimento de 62,5%) neste ano, aponta balanço do MEC (Ministério da Educação).
Aplicado pela primeira vez em 2009, o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) tenta acabar com o vestibular --a escola coloca suas vagas no sistema, e o aluno disputa o posto com base na nota do Enem, que será no fim de semana.
Responsável pelo sistema, o ministério estima que o número de postos no Sisu suba de 47 mil para 83 mil.
Uma das instituições que entrou no sistema neste ano foi a UFSCar (federal de São Carlos). Já a Unifesp (federal de SP) aumentou os postos disponíveis no programa, mas continuará fazendo prova adicional para cursos concorridos, como medicina.
Segundo o MEC, uma das vantagens do Sisu é evitar que o vestibulando tenha de fazer diversas provas. As inscrições comecem na segunda quinzena de janeiro.
De acordo com o secretário-executivo da Andifes (entidade que representa os reitores das federais), Gustavo Balduíno, as universidades ganham financeiramente ao entrar no Sisu. "Economiza-se com processo seletivo e ganha-se mais verbas de assistência estudantil do MEC."
No longo prazo, porém, Balduíno afirma que poderá haver resultados negativos. "Pode ser que os cursos mais concorridos tenham cada vez mais alunos bem preparados, enquanto que os menos concorridos receberiam os menos preparados. Aumentaria a desigualdade."
Além das universidades federais, os 38 institutos federais (antigas Cefets) aderiram ao Enem.
Fonte: Folhaonline