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Postada por: Andrey Vieira dia 17/09/2009
Mulher é assassinada, após quatro meses de ameaças
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Assassinada na madrugada desta quinta-feira, Paula Alessandra Ferreira, de 27 anos, recebia ameaças de morte há quatro meses. Conforme vizinhos, ela relatava que convivia com ameaças por parte de Marcelo Domingos de Oliveira, que estaria inconformado com o fim de um romance.


Nesta madrugada, na rua Indaiatuba, em Indubrasil, Paula e João Pinheiro Faria, seu colega de trabalho, foram encontrados mortos a facadas. O casal estava na casa de Paula. Ela foi atingida por sete facadas, enquanto João foi morto com 10 golpes de faca. Os corpos foram encontrados nus.


Gerson Nascimento, dono da lanchonete Grande Parada, onde ambos trabalhavam, relata que desconhecia que os colegas tivessem um relacionamento amoroso, mas frisa que proibia envolvimento entre os funcionários. Nascimento relata que Paula lhe contou somente ontem das ameaças que sofria.


“Eu orientei que ela procurasse a polícia e fizesse boletim de ocorrência. Se ela tivesse dito antes”, lamenta, por não ter conseguido prestar ajuda mais efetiva.


Segundo ele, a funcionária se mostrou bastante assustada. “Como eu ia dormir na lanchonete, falei que qualquer coisa era para ela ligar”, recorda. A casa da vítima fica próxima ao comércio, nas imediações da estação ferroviária.


De acordo com ele, Paula ligou. Contudo, após receber a ligação, ele foi ao local, mas os dois já estavam mortos. Segundo ele, no celular de Paula também estava registrado uma ligação para a polícia.


Discussão – No boletim de ocorrência, Gerson relata que foi à casa de Paula para assistir ao jogo de futebol. No local, houve uma reunião entre amigos.


Ele conta que Marcelo ligou para Paula, mas João atendeu o telefone e os dois discutiram. À polícia, testemunhas contaram que Marcelo passava sempre próximo a casa de Paula, vigiando sua rotina. Ele foi visto saindo da casa.


Marcelo tem passagem por dois crimes de homicídio. Um em 2000, na cidade de Ribas do Rio Pardo, e o segundo em 2002, em Água Clara.


Chocados - Vizinha da vítima, Catarina de Fátima conta que ouviu gritos de socorro e ligou para a polícia. “Mas foi muito rápido”. Isolado pela policia, o cenário da tragédia só pôde ser visto pelos vidros quebrados da porta e das janelas. Amassada e suja de sangue, a porta foi arrombada pelo assassino.


De acordo com boletim ocorrência, na sala, onde foi encontrado o corpo de João, havia diversas marcas de sangue, com características de luta corporal. A PM (Polícia Militar) apreendeu duas facas, sendo uma do tipo punhal. O corpo de Paula foi encontrado no quarto.


Pela vizinhança, o crime causou consternação. “Ela era uma ótima pessoa”, afirmam as vizinhas. Paula também trabalhava como manicure. “Ela fez a minha unha na quinta-feira e contou das ameaças. Lembro que falei para ela fugir para a minha casa, já que moramos perto”, relata Tânia Pereira Borges. Paula tem uma filha que mora com a avó paterna em Sidrolândia.


Fonte: Campo Grande News







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