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Postada por: Jr Lopes dia 23/09/2010
Pivô do escândalo em MS também acusa Zeca do PT
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O vídeo que indica que há um "mensalão" pago a autoridades de Mato Grosso do Sul, entre elas o governador André Puccinelli (PMDB), também liga o ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, a um suposto favorecimento a empreiteira.


Puccinelli e Zeca polarizam a disputa ao governo. No vídeo, o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) afirma que o empreiteiro Edson Freitas obtinha vantagens durante o governo petista (1999-2006).


As gravações foram feitas pelo secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, em 12 de junho. Passaia era ligado politicamente ao prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), que está preso porque o secretário o filmou recebendo propina.


Na gravação, Passaia diz a Rigo que a Prefeitura de Dourados pretendia direcionar uma licitação para Freitas e que o valor a ser superfaturado (R$ 1,3 milhão) se destinava ao empresário Eduardo Uemura, preso pela Polícia Federal em 2009, sob suspeita de fraude em Dourados.


Rigo diz então que a empreiteira Vale Velho, de Freitas, obteve contratos no governo Zeca do PT graças à intermediação do ex-presidente da Assembleia Legislativa Londres Machado (PR).


"Quem defendia os interesses do Edson no governo Zeca era o Londres. Só que ele pegava as obras e não fazia", diz o tucano. Ex-pedetista, Rigo foi líder de Zeca na Assembleia e presidiu a Casa.


Como Puccinelli e Zeca têm ligações com o pivô do escândalo, não há previsão de que os vídeos sejam levados à TV. A artilharia está concentrada na internet.


Apoiadores de Zeca do PT disseminam uma versão do vídeo em que Rigo aparece falando nos pagamentos feitos em dinheiro ao governador, a deputados e a membros do TJ e e do Ministério Público. O tucano nega que tenha se referido a propina.


O contra-ataque é o vídeo com o trecho em que Rigo cita o suposto favorecimento da empreiteira por Zeca.


OUTRO LADO


Em nota, Zeca declarou que em seu governo nenhum parlamentar jamais representou empresas fornecedoras e que a menção a seu nome no caso é uma tentativa de mudar o foco das denúncias, que é "o desvio de recursos do Poder Legislativo de MS para o atual governador do Estado, André Puccinelli", no valor de R$ 2 milhões.


A construtora Vale Velho disse que Edson Freitas só falará sobre o caso hoje. A Folha não achou o deputado Londres Machado nem o empresário Eduardo Uemura.


Fonte: Folhaonline







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