Rogério Mendonça foi atingido com tiro em briga de trânsito

O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves está detido no Centro de Triagem, em Campo Grande, depois de se apresentar ao juiz em substituição da 1ª Vara do Tribunal do Juri, Aluízio Pereira dos Santos. O jornalista será interrogado amanhã, em processo por tentativa de homicídio e homicídio doloso, por conta de briga de trânsito, na Capital, em novembro de 2009.

Desde maio, Gonçalves está morando na Praia Grande (SP) e responde a processo pela morte do menino Rogério de Mendonça Pedra, em novembro de 2009 e tentativa de homicídio do avô da criança.

Gonçalves voltou para Mato Grosso do Sul no início de agosto para negociar a venda de um imóvel, em Miranda. O advogado Valdir Custódio, que representa Gonçalves, explicou que a intenção do jornalista era entregar o dinheiro desta negociação como caução à Justiça, por conta de ação por danos morais protocolada pela família de Rogério Pedra.

Custódio explica que foi até à 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande para comunicar a movimentação do cliente, quando soube do novo decreto de prisão preventiva. A última determinação de prisão havia sido revogada em junho, por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Agnaldo Gonçalves estava em Miranda, veio até Campo Grande e se apresentou ao juiz, no dia 9 de setembro. Desde então, está preso no Centro de Triagem. Amanhã (15) , às 16 horas, ele será interrogado e, conforme despacho judicial, a revogação da prisão preventiva será avaliada após a audiência.

Custódio diz que irá pedir pelo menos três dias de prazo para essa análise, já que ainda não foi intimado oficialmente dos pedidos do magistrado: Santos determinou que a defesa junte documentos que comprovem residência fixa em Praia Grande, até com declarações de vizinhos com firma reconhecida. O advogado acredita que o decreto de prisão será revertido, já que Gonçalves se apresentou espontaneamente.

O crime

No dia 18 de novembro de 2009, Agnaldo Gonçalves se envolveu em uma briga de trânsito com Ademir de Pedra Neto, 22 anos, na Avenida Ernesto Geisel. A discussão continuou na Avenida Mato Grosso até que o jornalista, armado, atirou na direção do carro de Ademir e acertou o avô do rapaz, João Afonso Pedra, 54 anos e o sobrinho, Rogério. O garoto, de dois anos e oito meses, foi atingido no pescoço e morreu no hospital. João Afonso foi atingido no maxilar. Agnaldo justificou os disparos dizendo que foi ameaçado.

Fonte: TV Morena