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Postada por: Jr Lopes dia 14/09/2010
Manifestantes atiram paus e pedras na Câmara de Dourados
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Policiais fizeram barreira para proteger entrada da Câmara (Foto: Reprodução TV Morena)


A Cãmara de Dourados foi palco de protestos pela segunda vez depois do escândalo da propina que levou à prisão o prefeito Ari Artuzi (sem partido), o vice Carlinhos Cantor (PR), o presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), outros oito vereadores, secretários municipais, servidores e empresários.


Após a eleição da vereadora Délia Razuk (PMDB) na noite de ontem (13) para a presidência em substituição a Sidlei, quando a Câmara se preparava para a leitura do relatório da CPI, apresentado pelo vereador Dirceu Longhi ((PT), manifestantes do lado de fora atiraram paus e pedras. A porta principal da Câmara foi despedaçada, iniciando aí um grande tumulto.


Cerca de 100 policiais militares e 20 guardas municipais reforçaram a segurança. As ruas em torno do prédio foram fechadas. Nas galerias, apenas 300 pessoas puderam assistir à sessão, depois de passarem por um corredor de revista com detectores de metais. Os policiais que estavam dentro do plenário correram para conter o protesto. Logo uma barreira foi formada para evitar que o prédio fosse invadido. Bombas de efeito moral foram jogadas para dispersar a multidão.


Assustados, 6 vereadores fugiram do plenário. Sob fortes vaias, os outros três que ficaram tiveram de encerrar as atividades da noite por falta de quórum. Só depois de duas horas é que os policiais conseguiram conter o protesto. Nove vereadores compareceram à sessão, entre eles, Júlio Artuzi, José Carlos Cimatti e Aurélio Bonatto, acusados de integrar o esquema de corrupção desmontado pela Polícia Federal.


Provável prefeita


Três dos vereadores eram suplentes e foram formalmente empossados. A eleição de Délia Razuk à presidência da Mesa permite que seja restabelecida a linha de sucessão natural. A vereadora pode assumir o lugar de Artuzi, já que ele segue preso.


O tumulto na Câmara começou antes que a Câmara instalasse a Comissão Processante que proporia a cassação de Artuzi após analisar o relatório. Os policiais tiveram que formar uma barreira na frente do prédio para evitar que os manifestantes invadissem o prédio. A polícia usou bomba de efeito moral e de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.


Sem condições de seguir a sessão antes de indicação da Comissão Processante, a Câmara pode convocar sessão extraordinária ainda esta semana para tentar acelerar a votação do relatório da CPI. A próxima sessão ordinária, segundo o Regimento, deve acontecer na segunda-feira, dia 20.


Fonte: TV Morena







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