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Postada por: Redação dia 13/09/2010
Em favela, Dilma não fala sobre denúncia de revista
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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não quis na tarde deste domingo (12) responder a perguntas de jornalistas sobre o tema principal da edição deste final de semana da  revista "Veja", que apontou a existência de um suposto esquema de lobby pelo qual o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria negociado contratos dos Correios com empresas privadas.


Em visita a uma associação de moradores da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a candidata foi questionada, mas afirmou que comentar o assunto seria se ater à "pauta" do adversário José Serra (PSDB).


"Eu não vou ficar me atendo à pauta do meu candidato adversário. A minha pauta é propositiva. Quero discutir propostas", declarou a presidenciável, que na visita estava acompanhada do senador Aloizio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo; dos candidatos ao Senado por São Paulo Marta Suplicy (PT) e Netinho (PC do B); e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.


A atual ministra Erenice Guerra era a principal auxiliar de Dilma quando a candidata ainda era a titular da Casa Civil da Presidência da República. Erenice Guerra negou a acusação e disse que pretende processar a revista "Veja". O empresário que teria feito denúncia de cobrança de propina por parte do filho da ministra em troca do fechamento de um contrato com os Correios divulgou nota desmentindo a publicação. A revista manteve as informações, afirmando ter gravações e documentos.


Diante da insistência dos repórteres, Dilma voltou a rechaçar o tema. "Meu querido, eu não vou insistir nesse fato. Esses saltos mortais que pegam o fato e querem ligar a mim e no meio não tem nada, eu não vou mais dar combustível para isso. Eu não tenho nada a provar", declarou.


Segundo a candidata, o assunto mais importante da visita a Paraisópolis era a proposta de campanha de criar melhores condições de infra-estrutura em comunidades de favelas.


"Nós, do Brasil, temos de transformar favelas, vilas populares precárias, em verdadeiros bairros. É isso que vai levar à melhoria de vida das grandes comunidades das regiões metropolitanas", declarou.


A candidata fez uma comparação ao ser perguntada sobre afirmação do adversário José Serra, durante sabatina no jornal "O Globo". O tucano disse que Lula não se elegerá nem para deputado se Dilma se tornar presidente.


“Em 2002, a tese é que a gente não conseguiria governar o Brasil, que ia ser caótico, que o Brasil iria de mal a pior. Qual não é a surpresa deles, que se diziam grandes gestores, que quebraram este país, que nós fizemos um governo que entrega o Brasil com 7% de taxa de crescimento", afirmou a candidata.


Fonte: G1







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