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Postada por: Redação dia 06/09/2010
Salário médio de empregado doméstico já cresceu 7,6% no ano
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A remuneração dos empregados domésticos tem avançado nas principais regiões metropolitanas.


Segundo o IBGE, enquanto a inflação oficial (IPCA) avançou 3,1% de janeiro a julho, os preços dos serviços domésticos subiram 7,62%.


Esse é o terceiro item que mais contribuiu para a inflação no ano, atrás só dos colégios e do transporte urbano.


Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que, em Salvador e Belo Horizonte, a renda média das mulheres que exercem a função subiu mais de 47% entre maio de 2000 e maio deste ano, e no Distrito Federal, cresceu 35%.


Cerca de 94% dos trabalhadores, mensalistas ou diaristas, são mulheres.


Diária
A Folha consultou 21 famílias que recorrem às faxinas de um dia e constatou que o valor das diárias no Rio pode chegar a R$ 100.


A diarista Nina Pereira, 33, por exemplo, cobrava R$ 60 pela diária no ano passado, na zona sul carioca. Agora pede até R$ 80. “Quando ninguém viaja na semana, tiro uns R$ 1.500 no mês.”


Nina ganha mais que o marido, que também trabalha no setor de limpeza, em um emprego com carteira assinada, no Rio. E mantém o filho em escola particular, que custa R$ 200 ao mês.


Mesmo dizendo que a vida melhorou, reclama da falta de direitos. “Corro para fazer o trabalho de uma semana em um dia. Se eu cair em uma casa eu não recebo nada.”


Está há seis anos sem pagar INSS. “Com filho pequeno é difícil sobrar dinheiro.”


Salários
Segundo o último dado disponível do Dieese, 31% do total das trabalhadoras domésticas em São Paulo, em 2008, atuavam como diaristas. Em sete regiões pesquisadas, Recife foi a com maior percentual (33%) de diaristas entre as profissionais.


Maria Aparecida da Silva, 52, concorria a uma vaga para dormir no emprego no Rio.


Estava desempregada há três dias e buscava um salário de R$ 1.200 -o mesmo que recebia no posto anterior. No penúltimo emprego, recebia R$ 800.


Maria diz que a vida ainda é difícil, mas que tem conseguido guardar dinheiro para reformar a casa pela primeira vez em 40 anos.


Tampouco está satisfeita. “Comecei a trabalhar com dez anos. Se tivessem assinado minha carteira já estava aposentada há tempo.”


Fonte: FolhaOnline







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