Enquanto a notícia da prisão do prefeito Ari Artuzi se espalha por Dourados, aumenta o número de manifestantes nas ruas da cidade e principalmente na frente da Delegacia da Polícia Federal. Entidades de classe, associações, estudantes e lideranças se aglomeram com faixas, fotos do prefeito preso e até fogos de artifício.

Ao som de "Fora Artuzi", a multidão ainda especula como fica o comando da cidade, já que estão envolvidos o prefeito, o vice, o presidente da Câmara Municipal e até o procurador do município. Segundo informações preliminares, como Ari está detido com mandado de prisão preventiva, que dura cinco dias, ele continua investido do cargo de prefeito, mesmo atrás das grades.

Cassilândia viveu situação semelhante

Em 2007 outro município sul-mato-grossense viveu situação semelhante à de Dourados, que teve boa parte da linha sucessória municipal presa. Na época, o juiz assumiu a prefeitura depois que Cassilândia ficou sem prefeito, sem vice e sem seis vereadores.

Pela Lei Orgânica do Município, no caso, assumiria a prefeitura de Cassilândia o procurador da prefeitura, mas a Justiça declarou inconstitucional o referido dispositivo da lei orgânica, que conflitava com a Constituição Federal. A assessoria jurídica do município não sabe se o juiz vai permanecer no cargo ou se um interventor pode ser nomeado.

Em Dourados, somente três dos 12 vereadores não foram envolvidos na operação Uraganao, da Polícia Federal. Eles se reuniram para decidir o que devem fazer, já que oito dos parlamentares douradenses estão atrás das grades. Com o eventual afastamento dos oito vereadores presos, a Câmara pode ter que convocar os suplentes.

Fonte: Midiamax