O número oficial de casos de leishmaniose humana já é considerado surto em Coxim, segundo a gerente de Vigilância em Saúde, Adriana Haidar. Os três casos confirmados até o momento são de crianças menores de cinco anos. O primeiro caso foi constatado no bairro Santa Maria e os outros dois na Vila Bela.
Existe ainda a suspeita de que uma pessoa, que morava na Vila Bela, tenha morrido por conta da doença, mas o exame sorológico deu negativo e o resultado do parasitológico não chegou, de acordo com Adriana.
Nossa reportagem descobriu um outro caso suspeito, cujo resultado do exame deve sair até o fim desta semana. O coxinense Erinaldo Rucaglia, de 38 anos, está internado no Hospital Universitário, em Campo Grande, e todos os sintomas são de leishmaniose, conforme familiares.
Se os dois últimos casos citados forem confirmados, o número de casos da doença sobe para cinco. Para a gerente da Vigilância Sanitária, a erradicação da doença depende de várias ações. “A prefeitura precisa, imediatamente, contratar pelo menos 10 pessoas para borrifar inseticida em residências localizadas nos bairros onde foram confirmados os casos”, explicou.
Adriana afirma que são pelo menos 4 mil casas e cada pessoa consegue borrifar no máximo cinco imóveis por dia, pois o inseticida tem que ser aplicado em toda parte. Além disso, os proprietários precisam submeter os animais a exames, pois em muitos casos o animal não apresenta sintomas.
Os sintomas da leishmaniose canina são: queda de pêlo, conjuntivite com muita secreção, crescimento das unhas, secreção purulenta no nariz, emagrecimento e aumento do volume abdominal. A doença não tem cura, em caso de confirmação o animal deve ser sacrificado.
Os cães são considerados reservatórios da doença, que é provocada pelos protozoários do gênero leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, também chamados de birigui ou palha.
Segundo a gerente da Vigilância Sanitária, os proprietários de cães doentes podem levá-los até uma clínica veterinária para que os animais sejam sacrificados. A clínica localizada na rua Delmira Bandeira, no centro de Coxim, foi contratada pela prefeitura para fazer gratuitamente esse tipo de serviço.
Por fim, é necessário que cada cidadão cuide da limpeza de seu quintal, evitando o acúmulo de matéria orgânica, principalmente. A Vigilância Sanitária tem sacrificado cerca de 100 cães por mês. Até o momento, pelo menos 500 animais já foram sacrificados.
Fonte: EdiçãoMS