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Postada por: Redação dia 10/08/2010
Filho de policial vai responder por co-autoria de assassinato
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A garota de 15 anos que confessou ter matado Juliana Aparecida dos Santos Sales, de 19 anos, foi apreendida, e o seu namorado, Jadher Leandro Rodrigues, de 21 anos está detido. Os dois estão na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).


O rapaz vai responder por co-autoria no homicídio e corrupção de menor. Como ele é maior de idade, o pedido de prisão será apresentado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil. Jadher foi detido quando foi até à Deaij em busca de informações sobre a namorada.


Sem demonstrar arrependimento, a adolescente relatou à polícia sua versão sobre o assassinato. A adolescente contou que estava na festa na Ucaf (União Campo-Grandense de Favelas), localizada na rua das Missões, quando se desentendeu com uma amiga de Juliana.


E inclusive, a irmã gêmea da garota apreendida, deu um soco nesta garota. Segundo a adolescente de 15 anos, houve confusão e o grupo de Juliana partiu “para cima” da irmã gêmea da autora. O grupo de Juliana foi embora.


Então, a garota pediu que o namorado fosse até em casa e pegasse o revólver calibre 38 especial que pertence ao pai de Jadher, o policial militar David Pessoa Rodrigues.


O jovem emprestou a moto de um amigo, foi em casa, pegou a arma enquanto o pai estava dormindo, e entregou para a namorada. A adolescente encontrou o grupo na rua e, primeiro disparou em direção ao chão, depois em direção às pessoas.


Ela relata que estava, no máximo, a três metros de distância do grupo. Quando viu que uma pessoa caiu, ela apenas olhou e foi embora. Na versão de Jhader, foi ele quem ofereceu a arma para a namorada.


De acordo com a delegada Maria de Lourdes Cano, as versões diferentes é uma estratégia. “Um está protegendo o outro”. A arma ainda vai passar por perícia e o policial vai responde por omissão na cautela.


Inexplicável – A rixa entre os grupos de garotas não é explicada nem mesmo pelas envolvidas. A autora conta que elas se conheceram na escola e não se gostavam.


Já Pâmela Alves, de 21 anos, amiga de Juliana, confirma que estudou com as “gêmeas” na escola Padre João Grener, no bairro Estrela do Sul. Porém, não se lembra o que motivou tamanha desavença.


Pâmela, que está grávida de cinco meses, conta que Juliana entrou na sua frente para salvar a vida do bebê.


Mesmo com motivação desconhecida, a polícia teme que a rixa entre os grupos provoque mais violência após o assassinato de Juliana. De acordo com a delegada, a irmã gêmea da autora será monitorada. Ela prestou depoimento e foi liberada.


No site de relacionamentos Orkut, uma amiga de Juliana postou que é preciso saber detalhes do crime para dar o troco contra os rivais. Na Deaij, a mãe da adolescente apreendida estava aos prantos e não quis falar com a imprensa. “Me respeita um pouquinho”.


Fonte: CG News







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