Paulo Hamilton

O mês de agosto, aí está. Afinal de contas, ele entrou em nossas vidas, à partir de domingo, dia primeiro. Eu gostaria de falar, sobre uma das mais importantes datas comemorativas do nosso calendário. Trata-se do Dia dos Pais. Porém, vou deixar as comemorações de lado. Pois eu gostaria de pesquisar mais profundamente, sobre o significado da palavra: PAI.

Inicialmente, esta palavra identifica o homem, que ao lado de uma mulher, faz surgir um novo ser e uma nova vida sobre a Terra. Mas na minha opinião, o simbolismo desta palavra, vai muito além disto. Acredito que o verdadeiro pai, é aquele que cria, educa, orienta, repreende, protege, apóia, incentiva e conduz pela mão. Penso que um pai pode ensinar não apenas com palavras, mas acima de tudo com atitudes.

Muitos de vocês já devem ter visto, principalmente na TV, pessoas travando uma verdadeira guerra com um único objetivo. O de serem vistas e reconhecidas, com filhos ou filhas de gente famosa. A grande maioria destas pessoas, corre atrás de vantagens financeiras e de fama. Muitas conseguem, mas outras quebram a cara, principalmente quando o exame de DNA, dá resultado negativo.

Eu conheço muitos pais, que consideram ser mais fácil, deixar que os filhos fiquem o dia todo nas ruas, do que se matricularem, em uma escola de tempo integral. Nas classes mais abastadas, sempre houve o costume das “MESADAS”. Eu não tenho nada contra, mas eu creio que os pais, além de darem o peixe, também deveriam ensinar os filhos a pescar. Creio que a maior e mais valiosa herança, que um pai pode deixar aos seus filhos, é constituída pelo amor, o carinho, a bênção, a educação, a presença e os melhores exemplos.

Aliás! A bênção de um pai, concedida aqui na Terra, é iluminada pela bênção de Deus, concedida lá no céu. Num belo dia, um senhor me contou que o filho, há muito tempo não falava com ele. Eu pude ver a grande tristeza, refletida nos olhos daquele pai. Então eu lhe dei a seguinte sugestão:-“De hoje em diante, em cada noite antes de dormir, o senhor deverá uma prece a Deus, em favor deste seu filho”.

Uma senhora que estava por perto quis saber, o motivo de minha sugestão. Então eu lhe expliquei.:”Eu estou sugerindo a ele, que passe a rezar pelo filho a cada noite, para que Deus o ilumine e deste modo, ele se lembre de pedir perdão ao seu pai, enquanto tem tempo e chance”.

Sou órfão de pai, desde 2002. Mas, até hoje eu me sinto feliz e orgulhoso, por ter tido o pai que eu tive. Ele me aceitou como filho, me tratou como filho, me abençoou como filho, até chegar o dia, em que ele partiu para junto de Deus. Eu gostaria de pedir a todos aqueles, que ainda desfrutam da presença física do pai, que procurassem ler e refletir sobre este texto. Não só no segundo domingo de agosto, mas sobretudo, em todos os dias do ano.

Um abraço fraternal a todos.

(Paulo Hamilton é professor aposentado em Naviraí e colaborador deste site).

Fonte: Paulo Hamilton