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Postada por: Andrey Vieira dia 07/07/2010
Preço da alimentação recua e o custo de vida estabiliza
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No mês de junho o custo de vida do campo-grandense ficou praticamente estável, com ligeira oscilação, de 0,09%, conforme mostra o Índice de Preços ao Consumidor, divulgado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Anhanguera-Uniderp.


“O IPC, neste mês de junho, apresentou um índice bem menor que o de maio, que foi de 0,25%. Isto indica que as medidas tomadas pelo Banco Central surtiram efeito esperado. O destaque desta vez foi para o grupo Alimentação que apresentou forte deflação e ajudou a frear a inflação”, destaca o coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza.


A alimentação teve deflação, com índice de - 0,72%. As principais quedas foram na beterraba (-18,51%), batata (-18,08%), repolho (-16,49%) e pimentão (-14,20%). No subgrupo carnes, oito cortes de carne bovina apresentaram índices negativos, com destaque para a ponta de peito (-4,60%), o músculo (-4,47%) e o cupim (-3,96%). Já o filé mignon teve alta de 3,12%, a paleta de 1,25% e a costela 1,08%. O pernil suíno e o frango congelado também apresentaram quedas nos preços de -0,26% e -1,24%, respectivamente.


A principal alta foi no grupo Despesas Pessoais, de 1,81%, puxada pelo cigarro, com 5,67%; mensalidade de clubes, com 4,96%; e papel higiênico, com 3,21%.


Em seguida aparecem os grupos Vestuário, com índice de 0,49%, e Saúde, com 0,46%. No primeiro, destacaram-se com aumentos os produtos calça comprida masculina (3,84%), sapato masculino (2,27%) e camiseta masculina (1,91%). No segundo, destacam-se anti-infeccioso e antibiótico, com índice de 1,13%; plano de assistência médica, com 1,0%; e antialérgico e broncodilatador, com 0,67%.


Segundo o pesquisador do Nepes, professor José Francisco dos Reis Neto, o grupo Educação, no mês de junho, apresentou uma moderada inflação, da ordem de 0,27%, ocasionada, principalmente, por aumentos nos preços de artigos de papelaria, em torno de 2,56%. Habitação registrou índice médio de 0,14%¨. As maiores variações positivas de produtos na composição desse índice foram: DVD ou VHS, com 5,29%; lâmpada elétrica, com 3,36%; e sabão em barra, com 2,35%. Finalmente, o grupo Transportes fechou junho com pequeno aumento médio de 0,09%, provocado por alta no preço da gasolina, em média de 0,52%.


Acumulada - – A inflação acumulada em Campo Grande, de janeiro a junho deste ano, é de 3,05% e a acumulada nos últimos doze meses, de 4,45%, e já se posiciona abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que para 2010, é 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos.


“Observa-se que a inflação começou a ceder a partir do mês de maio, sinalizando que as medidas tomadas pelo Banco Central do Brasil, aumentando o valor da taxa SELI, surtiram o efeito desejado, freando a inflação. O clima também tem contribuído com as hortaliças e legumes, baixando os seus preços e melhorando a qualidade dos produtos. Problemas podem acontecer com a carne bovina, pois estamos em plena entressafra do produto e a seca tem-se mostrado rigorosa, prejudicando as pastagens. Sendo assim, a tendência é de alta nos preços”, avalia o coordenador do Nepes, professor Celso Correia.


Em relação à inflação acumulada nos últimos doze meses, destacam-se os grupos Educação, com 7,57%; Saúde, com 7,31%; Habitação, com 4,52%, apresentando índices acima da inflação no período. Já nestes seis primeiros meses de 2010 destacam-se, com inflações acumuladas, os grupos Educação, com 5,74%; Alimentação, com 5,61% e Saúde, com 4,41%.


Fonte: CampoGrandeNews







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