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Postada por: Jr Lopes dia 28/06/2010
Bancos estimulam utilização consciente do crédito
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Com a forte expansão do crédito nos últimos anos, instituições financeiras e outras entidades ligadas ao setor começam a fazer movimentos para estimular o consumo consciente dos empréstimos. Os motivos para a ampliação dessas iniciativas são basicamente dois: educar o cliente e, consequentemente, evitar a explosão da inadimplência.


As iniciativas dos bancos são, em geral, muito semelhantes. Cartilhas, sites específicos e prospectos mais curtos são repetidos no Itaú Unibanco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Bradesco.


Rogério Estevão, diretor de empréstimos pessoais do Santander, diz que o projeto do banco também tem a ver com o intuito de fidelizar o cliente: "Nós queremos ficar com o cliente por muito tempo e, se não há crédito consciente, há inadimplência e podemos perdê-lo".


No Itaú Unibanco, a principal aposta, além das cartilhas, é estreitar o relacionamento com o cliente. Saber se o correntista está “no vermelho ou no azul” é o primeiro passo, conta Denise Hills, superintendente de sustentabilidade. Os dois executivos admitem que a preocupação se dá principalmente porque o crédito no Brasil é usado, sobretudo, para o consumo e não para empreender, por exemplo. "É perceptível que há muita gente que não sabe o que é cheque especial, cartão de crédito e crédito", afirma Estevão.


O HSBC aposta nas informações online. No site do banco, há uma página bem elaborada e interativa para que o cliente pesquise antes de adquirir o crédito. Dicas de como elaborar um orçamento, ferramentas que calculam quanto de juros a pessoa pagará com determinado financiamento e explicações didáticas sobre cada uma das linhas de crédito são algumas das opções disponibilizadas.


Para a professora de finanças Angela Menezes, o interesse dos bancos pelo crédito consciente se dá sobretudo por causa da forte entrada das classes C e D no setor bancário. "Estamos falando de uma fatia da população que nunca teve conta em banco e quer comprar uma porção de coisas", diz Angela.


Fonte: Zero Hora







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