Depois de um ano, é realizada hoje, na 3ª vara Criminal do Forum da Capital a audiência para ouvir testemunhas e réus envolvidos no assalto a casa do prefeito Nelsinho Trad, que ocorreu no dia 5 de maio de 2009.

A audiência é marcada por excessos e confusão envolvendo o grande número de participantes, entre eles familiares dos acusados.

Ao todo cinco réus estão sendo ouvidos: Moacir Zanuncio dos Santos, empresário denunciado como o mandante do crime, Anderson Ferreira dos Santos (preso na Penitenciária de Segurança Máxima), Silvio Cezar Gonçalves Dutra, Paulo Henrique (ambos no Presídio de Trânsito) e Deivison Silva Trajano. Ao todo 10 policiais militares fazem a escolta dos presos.

Inicialmente foram ouvidas sete testemunhas, arroladas tanto pela defesa quanto pela acusação. Entre elas o motorista do prefeito, Milton Pupim, que também foi rendido pelos assaltantes. Um adolescente de 17 anos, acusado de participação no crime, também será ouvido pelo juiz.

Na ação aparecem como vítimas o prefeito Nelsinho Trad e seu filho, Nelson Trad Neto, que sofreu uma semana antes, na porta da residência, tentativa de assalto. Para a Justiça, os casos possuem ligação.

O prefeito ainda será ouvido, mas escolherá a data e o horário da audiência. Nenhum parente do prefeito participou da audiência.

Em frente ao Fórum, cerca de 10 familiares dos réus – principalmente do empresário Moacir Zanuncio – protestavam contra a acusação e os jornalistas. Durante a entrada do réu, os familiares ameaçaram e impediram o fotógrafo do Campo Grande News, João Garrigó, de fazer imagens.

Os familiares alegam que o empresário é trabalhador honesto, mas não quiseram apresentar versões sobre o caso e ameaçaram a reportagem.

A confusão também mudou a rotina da audiência e a ordem dos depoimentos. Uma testemunha de defesa foi ouvida durante a sessão da acusação, com a anuência das partes. Os réus estão sendo ouvidos neste momento. Em seguida serão ouvidas as demais testemunhas de defesa.

O caso - O prefeito Nelsinho Trad foi surpreendido por 4 homens, que o mantiveram refém por cerca de 10 minutos em sua residência na noite de 5 de maio do ano passado. Antes de entrarem na casa os assaltantes renderam e amarraram o motorista Milton Pupim.

Uma semana antes seu filho foi vítima de uma tentativa de roubo, também na porta da residência. De acordo com a acusação, os casos estão relacionados.

Fonte: CampoGrandeNews