É cada vez mais comum em Campo Grande registros de assaltos a salões de beleza. Empresários, funcionários e clientes ficam aterrorizados a cada ação dos bandidos.

De janeiro até o início deste mês, foi registrado pelo menos um roubo a cada mês neste tipo de estabelecimento na Capital.

O último ocorreu na semana passada no salão Toque de Beleza, localizado no bairro Amambaí. Dois homens armados renderam três mulheres que estavam no local e levaram dinheiro, cartões de crédito e objetos pessoais das vítimas.

Apesar dos casos, o delegado da Derf (Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos) Pedro Espíndola não considera alto o número de registros desse tipo na Capital, mas ressalta que o poder aquisitivo das vítimas que freqüentam esses estabelecimentos pode atrair os assaltantes.

Na avaliação dele, não há um fator que influencie a preferência dos bandidos em relação a um setor. Segundo ele, os alvos vão mudando de tempos em temos. “Em 2007, farmácias e supermercados eram alvos constantes dos assaltantes, hoje se percebe uma redução expressiva nestes setores”.

Depois de ser alvo dos bandidos por quatro vezes, o empresário e cabeleireiro Jorge Antonio Batarotti, pretende investir R$ 10 mil em sistema de segurança interno de segurança.

Jorge lembra que dentre todos os assaltos que sofreu foi o registrado em 2001 que mais deixou traumas. “É sempre uma sensação horrível, mas este foi mais trágico”, ressalta afirmando que em todos os casos procurou pela Polícia, mas não acredita que obteve resultados. “Foi apenas um registro”.

Na avaliação dele, o investimento maior deveria partir da Segurança Pública. “Acho que há um desinteresse total das autoridades em relação à segurança dos estabelecimentos comerciais. Acho que deveria ter um policiamento mais intensivo para o comércio em geral”.

Precaução - Embora não tenha sido alvo de ladrões, a empresária e cabeleireira Kelly Cristina Nakano Machado, conta que no estabelecimento dela foram adotadas medidas para evitar assalto.

Ela conta que há dois anos, quando montou o estabelecimento, localizado na Vila Célia, era comum roubos a aparelhos de som em veículos da clientela. Depois de vários casos, decidiu contratar uma empresa de segurança para evitar transtornos.

“Não houve mais roubos depois que contratamos a empresa”, lembra, acrescentando que além do investimento, a empresa adota medidas de rotina.

“Usamos sempre o interfone para identificação da pessoa antes de entrar. Como temos um serviço direcionado para mulheres, o cuidado é redobrado quando a pessoa que está do lado de fora for um desconhecido do sexo masculino”, completa.

Procedimentos como esses seguem a orientação do delegado da Derf, que sobre à importância do estabelecimento não oferecer facilidade aos assaltantes.

No caso do fato ocorrido na última semana, o salão estava com as portas abertas no momento da abordagem. 

Fonte: Campo Grande News