Policial observa torcedores que ficaram próximos ao "alambrado" em Rio Verde (Foto: Jr Lopes)

A partida realizada na tarde deste domingo (2), na cidade de Rio Verde de Mato Grosso-MS, entre Rio Verde e Naviraiense por pouco não se transformou em uma tragédia.

Sem fiscalização alguma de profissional da área (engenheiro civil) um alambrado foi improvisado para separar a torcida da área destinada aos jogadores, próxima aos vestiários.

Em tempos em que se fala tanto e exige-se dos clubes os chamados laudos técnicos para liberar os estádios para práticas esportivas (Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária e laudo do Crea), o que se viu no estádio Cesário de Freitas, em Rio Verde, vai contra todas estas orientações e determinações.

Um dos exemplos mais gritantes foram os dois alambrados colocados provisoriamente para delimitar a área de circulação dos torcedores, dando acesso às arquibancadas de madeira (também improvisadas).

Antes da partida, por volta das 13h30min, um funcionário da secretaria de esportes de Rio Verde “levantou” um dos tais alambrados que separou os torcedores do local onde os jogadores das duas equipes ficariam, antes e após a partida. Para deixar o alambrado "seguro" foram utilizados arames de construção civil, para amarrar e segurar umas armações (trelicias) junto às barras de ferro verticais que ficaram suspensas e soltas sobre a terra.

No jogo em questão, houve uma pancadaria generalizada entre parte dos jogadores dos dois times e integrantes das duas comissões técnicas. Um jogador saiu ferido (Saymon, do Rio Verde) e outro teve que ir à delegacia prestar depoimento (Moreira, do Naviraiense).

Enquanto parte da Polícia Militar tentava separar os envolvidos na referida confusão, inicialmente dois policias e posteriormente um terceiro, tiveram a missão de conter os “ânimos” de parte da torcida que chegou até um dos tais alambrados improvisados.

Um dos policias teve inclusive que ficar com arma em punho para deter os torcedores e evitar que uma tragédia acontecesse no estádio.

O trabalho e a coragem dos policiais militares é algo que merece destaque, pois mesmo em número reduzido (entre 15 e 20 policiais) conseguiram contornar a situação e evitar uma confusão maior.

As perguntas que ficam no ar são: Como o estádio foi liberado? Quem liberou, fiscalizou o local? Os alambrados improvisados e as arquibancadas de madeira improvisadas, são ideais e seguros para receberem os torcedores? Se uma tragédia acontece no estádio, alguém iria se responsabilizar?

Fonte: Jr Lopes