O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, destacou, em sua conta na rede social Instagram, o projeto desenvolvido pelo ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), de Três Lagoas (MS), para a produção de um sanitizante com ação antibactericida e antifúngica a partir do bio-óleo da macaúba, tipo de palmeira nativa brasileira com alto teor de óleo.
Desenvolvido em parceria com a empresa Soleá e com apoio da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o projeto foi lembrando pelo ministro em postagem feita ontem (18/08). Ele postou uma foto de um informativo produzido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, que traz a reportagem sobre o projeto do ISI Biomassa.
Na avaliação o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o reconhecimento é motivo de orgulho para a instituição. “Esse projeto de biossanitizante é mais uma solução em que o Senai de Mato Grosso do Sul vem trabalhando como alternativa nesse momento de pandemia que estamos vivendo. Receber esse reconhecimento só nos motiva a continuar trabalhando ainda mais em busca de soluções inovadoras que beneficiem a indústria e a sociedade”, afirmou.
Sobre o projeto
O projeto busca desenvolver um biossanitizante a partir do bio-óleo da macaúba, que poderá ser utilizado para esterilização de áreas comuns, com calçadas, bancos e veículos de transporte público. Segundo a diretora do ISI Biomassa, Carolina Andrade, o projeto é desenvolvido em parceria com a empresa Soleá e com apoio da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).
“Ele enquadra-se na chamada de projetos de inovação fomentados pela Embrapii em parceria com o Departamento Nacional do Senai. Essa parceria vai nos possibilitar desenvolver um biossanitizante cuja origem será de resíduos do processamento de macaúba. Com isso, vamos conseguir chegar a um novo biossanitizante com uma nova formulação de custo mais baixo e vai nos possibilitar ganhar em escala”, afirmou Carolina Andrade.
O pesquisador do ISI Biomassa, Hélio Merá de Assis, explica que o bio-óleo será obtido pelo processo de pirólise rápida, um processo de degradação de material por aquecimento, de resíduos do beneficiamento da macaúba. “O biossanitizante que será produzido é uma alternativa sustentável para produtos químicos não renováveis e nocivos ao meio ambiente. Este novo produto possui características eco-friendly e usa como matéria-prima uma biomassa de baixo custo”, ressaltou.
Na avaliação do responsável pela área de desenvolvimento, tecnologia e novos negócios da Soleá, Luis Eduardo Ravaglia, o momento que o mundo vive é extremamente delicado, mas também pode ser visto como uma oportunidade de gerar mais inovação. “Acredito que o desenvolvimento desse novo produto poderá nos ajudar ainda num problema futuro. Vejo a biomassa com um potencial enorme e o Brasil precisa ser pioneiro nessa área. Nosso objetivo com esse projeto, depois de concluído, é ampliar nosso portfólio, que é todo voltado para o beneficiamento da macaúba, e ter mais opções de produtos para o mercado”, concluiu.
Fonte: Fiems/DICOM