Mesmo com o decreto assinado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) que torna as instituições religiosas como serviço essencial a sociedade e que tem o aval para funcionar apesar de restrições impostas por governos estaduais e municipais para conter a proliferação do novo coronavírus no país, o arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, decidiu que as celebrações públicas da igreja católica não devem voltar durante a pandemia.
Essa medida obedece a decreto municipal que tem como objetivo evitar aglomerações durante missas e proibiu que eventos de qualquer segmento fossem realizados com pelo menos 20 pessoas. Pensando no bem-estar dos fiéis e até mesmo do funcionamento da igreja, desde o dia 18 de março às celebrações passaram a ser transmitidas ao vivo sem a presença dos devotos nos santuários.
Mesmo com as medidas de prevenção para evitar grandes públicos, os santuários continuaram abertos para receber os fiéis em grupos pequenos. As Eucaristias continuam sendo celebradas em caráter privado com sacerdote, acólitos e equipe de liturgia e transmitidas pela internet por várias paróquias da cidade como, por exemplo, a Igreja Matriz Paróquia São José e a Paróquia São Sebastião.
Na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro as missas e novenas presenciais estão todas suspensas ao público e o que antes da pandemia era transmitido às quartas, agora as missas passam a ser transmitidas também as quintas e domingos.
OUTRAS INSTITUIÇÕES
Não é só as igrejas católicas que vão continuar cumprindo a quarentena pelo menos nos próximos cinco dias. Igrejas evangélicas também optaram por seguir no decreto municipal o e algumas igrejas, os cultos continuarão sendo transmitido ao vivo, como, por exemplo, igrejas com grande quantidade de membros como a Igreja Evangélica Comunidade Global (IECG), Igreja Batista e Assembleia de Deus. Mas para as igrejas de porte médio que não possuem de tanta tecnologia a vontade não é unanime.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Pastores de Campo Grande, pastor Ronaldo Leite Batista, a orientação aos pastores das igrejas por parte do Conselho é obedecer às autoridades tanto no ambito Federal como estadual e municipal. "Algumas igrejas não vão voltar (cultos presenciais), quando acabar com a quarentena a gente espera que as autoridades conversem com a gente sobre como vai ficar a situação. Nós cuidados de vidas, queremos que nossas ovelhas tenham saúde, fisiológica, psicológica e espiritual, a parte econômica também nos preocupa porque é o que está preocupando nossas ovelhas", finalizou.
Fonte: Correio do Estado