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Postada por: Thaís Mayara dia 13/03/2010
Bertin assume o controle da Usina de Naviraí por R$ 180 milhões
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Usinav (Usina Naviraí S.A. – Açúcar e Alcool)


A Infinity tem atualmente cinco usinas em operação, e sua dívida supera os R$ 700 milhões. O plano de recuperação judicial da empresa, aprovado em dezembro, já previa a entrada de novos sócios ou a venda de ativos.


O Bertin fundiu no ano passado suas operações de alimentos e lácteos com a JBS Friboi, criando a maior empresa de carnes do mundo. Mas manteve algumas operações separadas, como a área de biodiesel, a de construção e a de infraestrutura. Com a Infinity, a produção de álcool ganha mais força dentro do grupo, que já é sócio da Usina São Fernando, em Mato Grosso do Sul.


No final de fevereiro, a Agência Estado informou que a Infinity preparava um aumento de capital de R$ 180 milhões, operação que seria avaliada em uma assembleia geral extraordinária de acionistas marcada para 22 de março. Os R$ 180 milhões de aumento de capital correspondem exatamente ao valor líquido que a companhia pretendia receber pela venda da Usina Naviraí (Usinavi), em Mato Grosso do Sul, ou ainda a ser obtido por meio de um empréstimo, pelo qual a usina seria dada como garantia. A Usinavi foi a única das cinco usinas controladas pela Infinity que não foi dada como garantia aos credores que aprovaram o plano de recuperação.


A usina tem capacidade de moagem de 3,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, é a maior unidade industrial da Infinity no País e foi a primeira adquirida pela companhia, em setembro de 2006. Antes mesmo da aprovação da recuperação judicial, a Infinity já negociava a venda da usina.


Polo


Além da Usina Naviraí, a Infinity criou um polo nas divisas de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, com três unidades em operação – Alcana, Cridasa e Disa – e ainda possui a Usina Paraíso, em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas.


O plano de recuperação judicial da previa, além de uma reestruturação e da venda de ativos, o pagamento de dívidas de valores iguais ou inferiores a R$ 1,5 mil logo após a homologação do acordo. Os credores com garantias reais serão pagos em dez anos, com o desembolso previsto para começar cinco anos após a homologação judicial. Os credores trabalhistas devem ser pagos em até um ano. Para os credores que não possuem garantias está previsto um desconto de 50% no valor de seus créditos e opção pelo recebimento em dez anos e meio, ou em cronograma de pagamentos mensais.


Fonte: Agência Estado







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