O MPF (Ministério Público Federal) defendeu a permanência do caso de Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na 13ª Vara Federal em Curitiba presidida pelo juiz Sérgio Moro. Ela é acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O órgão afirma, em petição, que Cláudia teria ligação com o esquema criminoso que atuava na Petrobras, e que ela teria conexão com fatos apurados no escândalo de desvio de dinheiro, pagamento de propinas e formação de cartel conhecido como ‘Petrolão’.
Cláudia Cruz responde a um processo que investiga o pagamento de cerca de US$ 1,5 bilhão a Eduardo Cunha em 2011, devido a uma compra de campo de petróleo em Benin, realizada pela Petrobras.
O documento do MPF afirma que "o fluxo dessas propinas acertadas em contratos da Petrobras evidencia que parte desses valores transitaram em conta bancária de Cláudia Cordeiro Cruz”.
A defesa de Cláudia diz que os processos contra sua cliente e o parlamentar não dizem respeito ao mesmo caso e que, por isso, não devem ser julgados pela mesma jurisdição, como pede a instituição federal.
"No início do ano o STF decidiu separar os processos de Cláudia Cruz e de Eduardo Cunha, destacando que a conduta dela era autônoma, sem conexão com os atos de seu marido", afirma o advogado da investigada.
Fonte: O Globo