O projeto é executado em Mato Grosso do Sul e mais cinco estados brasileiros (Foto: Divulgação)
De acordo com informações do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), é esperado um aumento da temperatura e redução das chuvas para a região Centro-Oeste do país e o bioma do Pantanal nas próximas décadas. Para entender melhor essa realidade e estimular o debate sobre as mudanças climáticas no Mato Grosso do Sul, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizarão uma visita técnica à Campo Grande, nos dias 17 e 18 de fevereiro.
Esta visita integra as ações do projeto Vulnerabilidade à Mudança do Clima, desenvolvido pela Fiocruz e Ministério do Meio Ambiente (MMA). O objetivo da iniciativa é avaliar os riscos gerados pelo aquecimento global às populações nas cinco regiões do país. Além de fomentar o diálogo sobre esse assunto, será criada uma ferramenta, um software, para mensurar a vulnerabilidade humana às mudanças do clima, conforme cada município.
A proposta do encontro é reunir gestores para a apresentação de dados preliminares no estado e mostrar o trabalho similar realizado no Espírito Santo, além da coleta de novas informações para o desenvolvimento de estudos sobre vulnerabilidade. No dia 17 de fevereiro, a equipe técnica do projeto visitará a sede do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL) e no dia 18 será promovida uma reunião na sede da Fiocruz em Campo Grande, às 9h, com representantes das secretarias estaduais de Saúde e Meio Ambiente, Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) e IMASUL.
Desenvolvimento do projeto
O projeto é executado em seis estados brasileiros: Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Maranhão, Amazonas e Mato Grosso do Sul, sendo este último o representante da região Centro-Oeste do país.
Para a realização desses estudos são consideradas informações de cada município referentes à preservação ambiental, a dados sobre a população, como saúde e condições socioeconômicas e a ocorrência de fenômenos extremos, a exemplo de tempestades e doenças relacionadas ao clima, entre elas, a dengue e malária. Por meio do cruzamento e análise dessas informações, é possível calcular o Índice Municipal de Vulnerabilidade aos Impactos de Mudança Climática.
Com o desenvolvimento do software, que permitirá a identificação das cidades do Mato Grosso do Sul mais vulneráveis à mudança do clima, gestores públicos com a participação da sociedade civil, poderão planejar e executar ações e medidas para reduzir os impactos das alterações climáticas nos municípios e aumentar a capacidade de adaptação da população a esta nova realidade.
Fonte: Fiocruz