Caso a categoria não consegua um posicionamento satisfatório do governo em relação ao comprimento da lei, os professores irão se reunir em assembleia geral, já na sexta-feira (12) e podem decidir por uma nova greve, afirma presidente da Fetemes (Foto: Ilustração)
O presidente da Fetemes (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli não gostou de saber que o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, não vai comparecer a reunião para discutir o reajuste nacional do piso dos professores, agendada para tarde desta quinta-feira (11), na sede da Governadoria. Segundo ele, esta é a segunda conversa da categoria com o Estado para discutir o percentual de 11,36%, que já deveria ter sido repassado na folha de janeiro.
O valor é relativo ao reajuste anual repassando pelo MEC (Ministério da Educação) e não está incluso no acordo de integralização do piso, firmando em julho de 2015, quanto o TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul) determinou que fossem repassados 4,37% em outubro de cada ano até 2021. Segundo o presidente, hoje os professores da Rede Estadual têm 74% do piso nacional, e se os 11,36% não forem repassados, o percentual cai para menos de 63%.
Ainda segundo ele, se durante a reunião desta quinta-feira se a categoria não conseguir um posicionamento satisfatório do governo em relação ao comprimento da lei, os professores irão se reunir em assembleia geral, já na sexta-feira (12) e podem decidir por uma nova greve. Lembrando que as aulas da escolas estaduais já vão começar com atraso, no 29 de fevereiro, por causa da chuvas.
O presidente finalizou afirmando que o Estado tem plenas condições de pagar pelo reajuste, já que aumentou o IPVA (Imposto por Propriedade de Veículos Automotores) e voltou o valor do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para 17%. “Foram vários reajuste fiscais aplicados pelo governo do Estado nos últimos meses, e além de tudo, eu vi em uma matéria nacional que MS gasta 45% da receita líquida com a folha de pagamento e o permitido por lei é ate 49%. O aumento dos professores iria impactar só em 1,4%, ou seja, ainda assim fica dentro do limite prudencial do Lei da Responsabilidade Fiscal”, destacou.
Participam da reunião a vice-governadora Rose Modesto, o secretário de Governo Eduardo Ridel , o presidente da Fetems, Roberto Borateli e o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) Lucílio Nobre.
Fonte: Midiamax