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Postada por: Jr Lopes dia 18/01/2016
MST vai a Brasília articular recursos para assentamentos do MS
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Direção do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra de MSesteve em Brasília em reunião com o INCRA e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (Foto: Divulgação)


O céu carregado e as fortes chuvas tem sido o cenário de Mato Grosso do Sul nos dois últimos meses, todos os dias tem chovido muito e isso tem acarretado sérios problemas, principalmente na Zona Rural do Estado.  Neste sentido, muito preocupados com a situação dos seus cinquenta e quatro assentamentos, a direção do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra de MS (MST), esteve em Brasília, na última quinta-feira (15), em reunião com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.


Na ocasião os dirigentes foram recebidos pela Ministra de Estado do Desenvolvimento Agrário, Interina, Maria Fernanda Ramos Coelho e pelo diretor de desenvolvimento do Incra Nacional, César Rodrigues, que está respondendo pelo órgão neste período de recesso.


De acordo com o sem-terra, Jonas Carlos da Conceição, representante de MS na direção nacional do MST, antes da chuva os assentados já sofriam com a falta de infraestrutura, principalmente para o escoamento de suas produções, agora com as chuvas frequentes a situação piorou e muito. “Temos assentamentos como o Itamarati, em Ponta Porã, que vai perder milhares de hectares de soja, porque não há como colher e nem como o caminhões transitarem por conta da situação das estradas. Outros estão perdendo a produção de leite, de verduras e assim por diante, por isso tivemos essa agenda em Brasília, pois os órgãos responsáveis precisam destinar recursos para que possamos ter medidas que solucionem essa situação”, afirma.


Outro ponto que o dirigente do MST levantou foi a questão das crianças nas escolas. “O próprio governo do Estado já está falando em adiar as aulas por conta do transporte escolar que não conseguira transitar pelas estradas da Zona Rural, além das inúmeras pontes que caíram com a cheia dos rios, enfim a situação está alarmante e nos preocupando muito”, disse.


Segundo Cleiton Alexandre Pereira, que também faz parte da direção do MST de MS, os órgãos nacionais analisarão a solicitação do Movimento e disseram que estão acompanhando o que está acontecendo no Estado. “Já estávamos em negociação por mais infraestrutura para os assentamentos, agora com a chuva isso é emergencial e sentimos do INCRA e do MDA disposição em articular mais recursos para MS”, ressalta.


Mato Grosso do Sul tem 28 municípios em situação de emergência por causa das chuvas. Mais de 150 pessoas estão afastadas das residências nas cidades de Aquidauana, Miranda e Dois Irmãos do Buriti por conta das chuvas. Em Taquarussú 102 famílias ficaram ilhadas no assentamento Bela Manhã.


Também participaram da reunião membros da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de MS (Fetagri), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e o superintendente do INCRA de Mato Grosso do Sul, Humberto de Mello.


Após essa reunião o MST de MS articulará uma próxima com governo do Estado, prefeitos, MDA, INCRA, Exército e Integração Nacional, para debater a problemática da chuva e os danos gerados.


Fonte: Assessoria







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