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Postada por: Jr Lopes dia 23/11/2015
Aids avança entre os jovens no Brasil, aponta pesquisa
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Embora a maioria saiba sobre a importância da camisinha, 40% não usa (Foto: Divulgação)


Eles não viveram a epidemia de aids no passado. Não viram, por exemplo, famosos como Cazuza ou Freddie Mercury morrendo da doença. Além disso, a maioria dos soropositivos que os jovens conhecem hoje está levando uma vida normal com os avanços no tratamento. 
Sendo assim, qual é a relação dos jovens com a doença, que nas décadas de 1970 e 1980 mudou comportamentos e matou milhões de pessoas? Essa resposta pode ter inúmeros direcionamentos, mas o que mais importante agora é o que eles pensam e sabem sobre prevenção da aids.


Na próxima semana, em 1º de dezembro, será comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids e o objetivo do Ministério da Saúde (MS) é falar justamente com esse público. Com o slogan #partiu teste, se espera trabalhar intensivamente a população de 15 a 24 anos, onde o número de novos casos tem aumentado.


Um panorama de HIV/Aids no País, divulgado pelo MS, revela que em nove anos, ou seja, de 2004 a 2013, 961 novos casos foram diagnosticados entre jovens de 15 a 24 anos. É um crescimento de 27,83%. 


"Nacionalmente, a epidemia está estabilizada há muitos anos. Porém, têm algumas populações que chamam atenção, como os jovens, um público onde a aids tem crescido. Temos também os usuários de drogas, como o crack, que estão diretamente ligados com sexo, pois funciona muitas vezes como uma troca", diz Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV)do MS.


Ele acrescenta, ainda, os jovens homossexuais, travestis e transsexuais, que, pelo crescimento bastante importante entre a população, apresentam prevalência de soropositivos em torno de 11%, nacionalmente.


"Profissionais do sexo, principalmente homens, também se destacam. As mulheres são historicamente, dentro dessas populações-chave, a que melhor se protege. Elas usam camisinha em todas as relações, já os do sexo masculino nem tanto", completa.


Um ponto de partida entre entidades e os governos federal, estadual e municipal, para trabalhar os nascidos no final dos anos 1990 e início do ano 2000, é porque eles estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo. Prova disso é uma pesquisa realizada em 2008, pelo DDAHV, com oito mil brasileiros entre 15 e 64 anos. Das respostas, 36,9% afirmaram que tiveram relação sexual antes dos 15 anos.


A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), de 2013, traça um panorama do comportamento sexual do brasileiro, e revela que, na região Sul, 96% das pessoas sabem da importância do uso do preservativo.


No entanto, 40% da população sexualmente ativa não fez uso da camisinha em todas as relações sexuais com parceiros casuais, no último ano. Associado a este comportamento, o estudo ainda aponta um crescimento no número de parceiros sexuais.


Os entrevistados – 12 mil pessoas entre 15 e 64 anos – relataram ter tido mais de dez parceiros na vida. O percentual subiu de 16% em 2004 para 25% em 2008, atingindo 49% no ano de 2013.


Fonte: Ministério da Saúde







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