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Postada por: Jr Lopes dia 14/09/2015
Congresso ignora protestos de 2013 na minirreforma eleitoral
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Câmara ainda criou janela para migração partidária e reduziu o prazo de filiação de um ano para seis meses antes da eleição: "não reforma" (Foto: Divulgação)


Uma das reivindicações que motivaram os protestos pelo País em 2013 era a realização de uma reforma no sistema eleitoral que fosse votada sem os interesses de quem já está no poder. Seria o caminho para acabar com as volumosas doações feitas pelas empresas às campanhas eleitorais, consideradas a origem da corrupção. Para isso, surgiu a proposta de uma Constituinte exclusiva, nos moldes da assembleia que estruturou a Constituição Federal, em 1988. A ideia teve o apoio da presidente Dilma Rousseff, em meio às manifestações e a sua queda de popularidade em ano pré-eleitoral. 


A minirreforma aprovada na semana passada manteve o financiamento empresarial de campanhas, criou janela para migração partidária e reduziu o prazo de filiação de um ano para seis meses antes da eleição. 


Pressionada pela base aliada, Dilma recuou sobre o plebiscito e os movimentos de rua encolheram. Mais tarde, numa tentativa de reorganização social usando especialmente as redes sociais, grupos que lideraram os protestos agendaram o plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva e conseguiram 8 milhões de apoiadores. A votação aconteceu nas principais cidades entre os dias 1 e 9 de setembro do ano passado. 


De acordo com uma das organizadoras do plebiscito, Paola Strada, o resultado foi entregue aos chefes dos Três Poderes. "Deixamos com a presidente, na Câmara e Senado, mas as nossas reivindicações foram desconsideradas totalmente", disse à FOLHA, após a aprovação da minirreforma política pelo Congresso, na última quarta-feira. 


De acordo com Paola, o movimento em favor da Constituinte exclusiva pela mudança nas regras eleitorais tem novos planos para alcançar o País inteiro novamente. Em Belo Horizonte (MG), com cerca de 2 mil pessoas, foi lançada há uma semana a Frente Brasil Popular com o objetivo de impulsionar a criação de núcleos descentralizados em todas as regiões. O grupo estuda como fará isso. "Essa reforma que está aí é uma grande farsa", protestou Paola.


Fonte: Folha de Londrina







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