Cinco pessoas foram presas em flagrante na terça-feira (08) pela Divisão Estadual de narcóticos (Denarc) enquanto faziam a entrega de 232 quilos de maconha em um posto de combustível na zona oeste de Londrina (PR). A droga havia sido transportada em um caminhão por dois funcionários de uma empresa de Palotina (Oeste) que presta serviços para a Friboi e estava escondida entre uma carga perecível de carne avaliada em cerca de R$ 50 mil. 

De acordo com o Denarc, os empregados são do município de Naviraí (MS), foram identificados como Diego Winter e Rodrigo Prates, e não tinham passagem pela polícia. As investigações apontam que a dupla receberia o pagamento de R$ 10 mil pela maconha de alta qualidade cujo custo aproximado é de R$ 1 mil o quilo. Além deles, a Denarc também prendeu três integrantes de um veículo Citroen C4, placas de Londrina. Eles foram identificados como Ricardo Xavier, Edirley Cleber Fagundes e Thiago Henrique Marques, proprietário do automóvel, com passagem por roubo e tráfico de drogas. 

O delegado do Denarc em Londrina, Ricardo Casanova, lembrou que as investigações começaram nas últimas semanas, no entanto, a polícia ainda não tinha informações sobre a forma como a droga era transportada para distribuição em Londrina. Ontem de manhã, a Denarc confirmou a chegada da carga em um posto de combustível e passou a realizar o monitoramento para identificação do veículo e dos criminosos envolvidos. "Quando o outro veículo chegou com os responsáveis pela aquisição da droga fizemos a abordagem e a prisão dos cinco suspeitos e autuação em flagrante", informou. 

Casanova esclareceu que a empresa fornecedora, a transportadora e o mercado que receberia as carnes em Londrina não tinham conhecimento das atividades criminosas. "O motorista aproveitava a ocasião para transportar a droga. Ainda não averiguamos se eles já tinham realizado o transporte de drogas outras vezes ou se foi o primeiro caso", acrescentou. Ele ainda lembrou que no ano passado a Denarc fez uma apreensão de drogas em um caminhão frigorífico em Cascavel, no Oeste do Paraná. 

Ainda conforme o delegado, a droga seria proveniente de Palotina (PR), cidade origem da transportadora, ou de Naviraí (MS), município dos funcionários flagrados. Questionado sobre o fato dos empregados não terem passagem pela polícia, Casanova respondeu que as quadrilhas procuram pessoas com essa característica, pois geram menos desconfiança e entram para o mundo do crime atraídas pelo dinheiro fácil. "A droga seria toda distribuída em Londrina e após a entrega seria muito difícil a apreensão. Apenas pequenas partes são localizadas. Em um dia, tudo evapora", comentou. O delegado também informou que a empresa Friboi já foi comunicada para retirada da carga perecível e adiantou que o caminhão também deve ser liberado para a transportadora terceirizada.