O excesso de chuva na primeira quinzena de julho nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul atrapalhou a moagem, fazendo com que as usinas ficassem em média 12 dias paradas durante esse período. Com isso, o estado registrou neste intervalo de tempo o pior volume de produção das últimas cinco safras.

Os dados são do relatório de acompanhamento de safra da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul). Segundo a entidade, nesta primeira quinzena de julho o volume de chuvas atingiu os 97 milímetros na região sul do estado, mas que o dobro da média dos últimos dez anos na área. A região concentra a maior parte das plantas sucroenergéticas sul-mato-grossenses.

Em razão da chuva, as usinas processaram nestes primeiros quinze dias de julho somente 1,258 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, uma quantidade 46,60% menor que as 2,356 milhões de toneladas moídas no mesmo período do ano passado. Com menor quantidade de matéria-prima disponível, a produção de açúcar nesta parcial frente a da safra passada caiu 75,95% e a de etanol teve um retrocesso de 33,33%.

No acumulado da safra 2015/2016, que foi aberta em abril e deve seguir até janeiro do próximo ano, em relação a do ciclo 2014/2015, o volume de cana moída no estado tem um incremento de 19,53%, passando de 14,337 milhões de toneladas para 17,136 milhões de toneladas.

As usinas do estado já produziram nesta temporada 438,89 mil toneladas de açúcar, 14,50% a mais que os 383,32 mil toneladas da parcial do ciclo anterior, e 973,41 milhões de litros de etanol, um volume 24,07% superior aos 784,59 milhões de litros do acumulado até a metade de julho na safra  passada.