O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (30) que ficou preocupado com a crise hipertensiva que teve na noite de quarta-feira, no Recife, mas que continuará viajando.
"Vamos ter que encontrar um jeito. O problema é que temos que continuar viajando pelo Brasil. Temos muita coisa pra fazer. Este ano é o último ano [de governo] e não podemos deixar a peteca cair. Se a gente esmorece, todo mundo esmorece", disse.
Lula deu as declarações ao deixar o Instituto do Coração, em São Paulo, onde realizou um check-up. De lá, seguiria para Brasília.
Ele argumentou que suas viagens são necessárias para fiscalizar o andamento das obras e cobrar agilidade na execução delas. O presidente declarou ainda que sua saúde e os exames estão "perfeitos".
O presidente realizou um ecocardiograma para função dos músculos do coração, tomografia das artérias cardíacas, ultrassonografia do abdome e da próstata, teste de função pulmonar e exames de sangue e urina, segundo a assessoria do hospital.
"Pega você e leva seu carro numa concessionária achando que tem um probleminha na porta direita. Aí você vai ver que ele está com problema em tudo quanto é lugar. O ser humano no check-up é assim, você acha que o problema é de pressão, daqui a pouco está com problema na unha do pé", brincou.
Atividade normal
Depois de Lula, o cardiologista Roberto Kalil Filho falou à imprensa. Segundo ele, o presidente pode voltar à atividade normal e recebeu a recomendação de descansar mais, dormir mais e fazer atividade física.
Kalil relatou que a pressão de Lula estava normal, em 11 por 7, antes que ele deixasse o hospital, e que não foi prescrita medicação para o presidente. Segundo o médico, o chek-up realizado neste sábado deveria ter sido realizado em dezembro. "Os exames estavam sendo postergados", disse.
Questionado se houve alguma recomendação específica sobre a rotina do presidente durante as eleições, o cardiologista disse que a orientação é que Lula "siga a vida dele". "Não aconteceu nada de mais", declarou.
Fonte: G1