Entrada no território nacional é facilitada pela falta de fiscalização (Foto: Divulgação)
A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) estima que 65% dos produtos contrabandeados vendidos no Brasil tenham origem na Ásia, principalmente na China. Como são artigos que exigem maior sofisticação tecnológica, como softwares, materiais elétricos, hidráulicos e autopeças, tal fatia de mercado responde por R$ 75 bilhões dos R$ 100 bilhões de prejuízos causados pela pirataria no País.
Parte dos itens chega desmontada ao Paraguai, onde é montada com mão de obra barata e revendida. Isso porque a entrada no território nacional é facilitada pela falta de fiscalização.
O diretor de comunicação da ABCF, Rodolpho Heck Ramazzini, diz que o Brasil tem 16 mil quilômetros de fronteiras e menos de 30 postos de fiscalização de órgãos federais. "Os agentes que trabalham nas fronteiras são grandes profissionais, mas carecem de investimento em pessoal, treinamento, equipamentos e inteligência", conta.
Ele afirma que somente o Porto de Hamburgo, na Alemanha, conta com 3,2 mil agentes aduaneiros, número superior a todos os profissionais brasileiros entre Belém (PA) e Rio Grande do Sul.
Fonte: ABCF