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Postada por: Jr Lopes dia 23/05/2015
HSBC confirma que unidade brasileira está à venda
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Banco teve prejuízo de US$ 247 milhões no Brasil em 2014 (Foto: Divulgação)


Por meio de um comunicado oficial ao mercado, o banco HSBC confirmou ontem (22) que a unidade brasileira está à venda. A instituição financeira informou que está "explorando várias opções estratégicas", incluindo a venda de suas operações brasileiras. No entanto, esclareceu que nenhuma transação foi efetivada ainda. O comunicado foi repassado aos funcionários do banco, inclusive na sede da instituição no País, que fica em Curitiba.


O presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, enviou um aviso interno aos funcionários em que garante não haver "impacto imediato" para colaboradores nem para clientes após a confirmação. "Processos como esses são demorados, porque dependem de minuciosas análises dos acionistas e estão sujeitos a aprovações regulatórias", diz o executivo. 


Analistas de mercado consultados pela FOLHA acreditam que o negócio já estaria fechado. Entre os funcionários do HSBC consultados pela reportagem, o sentimento também é de que o banco já estaria vendido. 


O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Elias Jordão, disse que há informações extraoficiais de que o banco teria retirado logomarcas de alguns poucos imóveis, alegando manutenção. 


O presidente-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza, disse nesta semana que estava estudando os termos de compra, apesar de ter declarado que pretendia saber mais detalhes antes de tomar uma decisão. Além do Santander Brasil, também houve interesse do Bradesco, do Itaú, do BTG Pactual, do canadense Bank of Nova Scotia e do chinês ICBC. O presidente-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, tinha afirmado em fevereiro que os quatro negócios problemáticos da instituição financeira – Brasil, México, Turquia e Estados Unidos – precisavam melhorar ou serem vendidos.


Para o consultor de investimentos da Inva Capital, Raphael Cordeiro, se um banco que já tem operação no Brasil comprar o HSBC, vai aumentar a concentração de mercado e diminuir a concorrência o que, segundo ele, é péssimo. "Vai ser uma opção a menos no mercado", disse. O vice-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-PR), Eduardo Moreira Garcia, acredita que há grande possibilidade de o banco ser comprado pelo Santander ou Itaú e também acha que o negócio já deve estar fechado. 


"O nosso mercado (bancário) já é concentrado. Tira um, vai ficar pior ainda", disse Garcia. Ele comentou que, com isso, o Paraná não terá mais um banco que tem sede administrativa no Estado, porque provavelmente o novo dono vai concentrar em São Paulo a administração. Ele também teme o fechamento dos centros administrativos que existem hoje em Curitiba. 


O HSBC teve prejuízo de US$ 247 milhões no Brasil em 2014. Hoje, é o sexto maior banco de varejo no País, tem 853 agências, 4.728 caixas automáticos e 20.165 funcionários. 


Elias Jordão, do Sindicato dos Bancários, teme demissões principalmente nos centros administrativos de Curitiba e prevê que o anúncio do comprador seja divulgado na primeira quinzena de junho. Segundo ele, o banco tem 7.500 funcionários no Paraná, sendo 5.500 em Curitiba. Ele lembrou que em 1997, quando o Bamerindus foi vendido para o HSBC, eram 40 mil funcionários.


Fonte: Folha de Londrina







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