Postos e UPAs estão funcionando normalmente na Capital. (Foto:Marcos Ermínio)
Cumprindo o que haviam prometido em assembleia na noite desta segunda-feira (11), os médicos da rede municipal da Capital retornaram ao trabalho na manhã desta terça-feira (12) e encerraram a paralisação iniciada na quarta-feira (6). Apesar das faixas colocadas pelo sindicato da categoria ressaltando a greve, o atendimento nos postos de saúde e UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) já está normal.
Mesmo insatisfeitos com alguns pontos da proposta feita pela prefeitura, os médicos atenderam ao apelo da população e decidiram aceitar o retorno ás atividades, porém, sob a condição de receberem os adicionais cortados pelo município, inclusive os retroativos.
Na UPA do bairro Coronel Antonino, o gerente Eli Correa disse que o funcionamento está normal e que os profissionais cancelaram a escala de trabalho de 50%. Segundo o gerente, nesta manhã há cinco clínicos gerais e cinco pediatras na unidade. “Só não tem como mensurar o efeito da greve nos pacientes menos graves”, ressaltou.
Eli explica que 60% dos pacientes que procuram a UPA são de atenção básica, por isso ele reforça o apelo para que nesses casos procurem os postos de saúde. “São situações de troca de receitas ou atestado médico, que pode ser resolvido nas UBs”, diz.
Ele destaca que três vezes na semana os postos de saúde permanecem abertos até às 22 horas. Durante a paralisação, os pacientes com casos menos graves chegaram a esperar até cinco horas e alguns nem conseguiram atendimento, de acordo com o gerente.
Na UBS do Coronel Antonino o atendimento também já está normalizado. Tanto que a funcionária de serviços gerais Evanilda Apolinário da Silva, 36, conseguiu marcar para o próximo dia 28, uma sessão de fisioterapia que pleiteava há dois meses.
O atendimento foi normalizado também no Caps, centro de atendimento especializado em psiquiatria, da Vila Almeida
A categoria, contudo, ainda está em “estado de greve” e ressaltou na reunião de ontem que, caso a prefeitura não cumpra o acordado, os médicos podem voltar a fazer uma paralisação na quarta-feira. Por hora, na tentativa de recuperar o tempo perdido, os servidores irão reagendar as consultas desmarcadas em função do movimento.
Fonte: Campo Grande News