Fernando Pinheiro da Silva, de 27 anos, morreu na madrugada deste sábado, dia 02 de maio, depois de apresentar sintomas de dengue e ter o atendimento médico negado na Unidade de Pronto Atendimento Comunitário (UPA) de Três Lagoas.
A esposa do jovem contou na delegacia que por volta das 10 horas de sexta-feira (1º), Fernando apresentava febre, vômito, dores de cabeça e no corpo. Ele foi levado para o UPA, onde foi atendido por um médico que receitou Dipirona e outro medicamento que a mulher não soube informar. O médico também pediu exame de sangue, esperou baixar a febre e liberou o rapaz por volta das 13 horas.
Cerca de 1h30 depois, a mulher voltou à UPA com o marido porque ele piorou. Desta vez, foi atendido por uma médica que disse que o resultado do primeiro exame de sangue estava normal e pediu um hemograma completo. Também administrou soro das 16 horas às 17h40, manteve a medicação da primeira receita e liberou o jovem, recomendando que ele tomasse bastante soro em sua residência.
Segundo o jornal Correio do Estado, Fernando não teve febre em casa, mas reclamou que a dor no corpo piorou. Passou a ter diarreia e surgiram manchas no corpo. Já na madrugada de sábado, passou a ter diarreia com sangue e dificuldade para respirar.
A esposa e um amigo de Fernando o levaram novamente à UPA, onde foram barrados na porta por um servidor que confirmou que tinha médico no local, mas disse que a equipe não atenderia ninguém mais naquela madrugada. A mulher insistiu e justificou que seu marido não conseguia respirar, mas o funcionário retrucou dizendo que não poderia fazer nada.
A mulher e o amigo então levaram Fernando para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. O jovem, que estava com muita dificuldade para respirar, foi levado para a sala de reanimação, mas morreu cerca de 40 minutos depois.
Ainda segundo a esposa, um médico do hospital disse que Fernando deveria ter sido internado e, em hipótese alguma, medicado com Dipirona por conta da suspeita de dengue.
Fonte: Dourados News