Após operar em queda nas primeiras horas de negociações, o dólar comercial mudou de tendência e registrou a segunda alta seguida nesta quinta-feira (26), fechando com valorização de 0,6%, a R$ 2,885 na venda. É o maior valor de fechamento desde 15 de setembro de 2004, quando foi a R$ 2,903.
Na véspera, a moeda havia subido 1,22%.
A alta desta sessão foi influenciada por dados sobre os Estados Unidos que sugerem que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode começar a elevar a taxa de juros em meados deste ano.
Apesar da queda dos preços ao consumidor dos EUA em janeiro e do resultado maior que o esperado dos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, as encomendas de bens duráveis avançaram no mês passado, recuperando-se após quatro meses de queda.
"Na margem, eu diria que os dados mantêm o Fed em vias de elevar os juros entre junho e setembro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta à agência de notícias Reuters.
A alta dos juros nos EUA preocupa investidores, pois poderia atrair para lá recursos atualmente investidos onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
Fonte: Reuters