Pelo menos 200 estudantes estão reunidos desde às 7h em frente ao DCA (Departamento de Controle Acadêmicos) da Uniderp Anhanguera, em protesto contra o reajuste da mensalidade deste ano, que eles alegam ter subido mais de 12%. Os alunos dizem que só vão deixar o local com a presença da reitora.
Na noite de ontem cerca de 300 pessoas entre estudantes, pais e advogados participaram de uma reunião na universidade com representantes do DCE (Diretório Central Estudantil). Eles pediam a presença da reitora Prof. Leocádia Aglaé Petry Leme, que não compareceu ao local.
Isso gerou o protesto de hoje. Os alunos impediram o atendimento desta manhã no DCA, onde é feito a validação do FIes (Financiamento Estudantil) tanto de veteranos quanto de calouros. Dois funcionários da Uniderp, que não quiseram se manifestar, pediram para que os alunos deixassem o local e se reunísse em uma sala, diante da negativa, afirmaram que a reitora irá recebê-los.
O protesto acontece com gritos de palavras de ordem que pedem a presença da reitora e a redução no preço da mensalidade. De acordo com um advogado dos alunos, o reajuste deste ano foi de 12,02%, comparando a mensalidade de calouros com veteranos.
Adriana de Matos, mãe de aluno e advogada, mora no Mato Grosso e foi até o local para resolver com a universidade questões sobre a matricula de sua filha. "Moro há mais e 800 km daqui e vim só pra fazer o Fies da minha filha, estou perdendo um dia de trabalho por causa dessa manifestação", disse.
Já a estudante do curso de Medicina, Ana Carolina Neto, disse que os alunos "estão indignados com o preço da mensalidade. Nós temos direito de sermos atendido pela reitora, por que queremos explicações sobre esse preço absurdo que pagamos na mensalidade".
Os alunos ainda alegam que o aumento no preço das mensalidades justificaria a construção de um laboratório de habiliudades médicas do curso de Medicina, que deveria ter ficado pronto no ano passado. Eles ainda afirma que utilizam laboratório velhos e materiais sucateados.
Posicionamento Anhanguera - Em nota, a universidade afirmou que as mensalidades não são mais cobertas integralmente pelo Fies devido a mudanças implantadas, neste ano, pelo MEC. E que se os alunos formarem uma comissão, serão atendidos pela reitoria.
"Embora tenha havido o compromisso contratual do Governo junto aos alunos em financiar o mesmo percentual da mensalidade a cada semestre, que inclui o reajuste legal previsto no art. 1º da Lei 9.870/99, houve uma alteração promovida pelo MEC que limitou este valor, descumprindo este compromisso", diz a nota.
"Por lei e contratualmente, a diferença é devida pelo aluno à instituição, mas estamos seriamente empenhados em buscar alternativas para garantir que os estudantes sigam seus estudos normalmente", finaliza o texto da universidade.
Fonte: Campo Grande News