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Postada por: Thaís Mayara dia 17/01/2010
Cratera ameaça atingir casas em Ivinhema
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A Prefeitura de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul, decretou situação de calamidade pública por causa de uma cratera que ameaça engolir casas. A chuva que atingiu a região nos últimos dias agravou o problema.

 

A cratera tem 50 metros de largura, 12 metros de profundidade e 220 metros de comprimento. O solo arenoso favorece a erosão.

 

Segundo a prefeitura, para tapar todo o buraco, são necessários pelo menos 108 mil metros cúbicos de terra, o que equivale a 18 mil caminhões cheios.

 

A Delegacia de Polícia Civil e casas mais próximas estão há apenas 150 metros da cratera. Se as chuvas continuarem, os imóveis poderão ser atingidos dentro de 15 dias, segundo engenheiros da Prefeitura. “Nós estamos preocupados, decretamos estado de calamidade pública. A coisa é séria”, afirmou o secretário municipal de Obras, Valter Sacaramal.

 

 O AVANÇO DA VOÇOROCA

 

As imagens aéreas tiradas neste ano de 2010 denunciam o avanço do fenômeno geológico e dão uma idéia da potencialidade do perigo silencioso. Conforme narram os antigos moradores, a cidade já foi vítima desse fenômeno no passado o que causou grandes prejuízos para a população e vultosas despesas para a Administração Pública que teve de investir muito dinheiro do contribuinte para resolver o problema.

 

Feita uma comparação com a imagem de 2005, nos últimos 5 anos o fenônemo avançou 220 metro dos 440 que separam o córrego Ponta Porã da Avenida Estados Unidos e se nada for feito, considerando os atuais níveis de avanço, deverá atingir o perímetro urbano nos próximos quatro anos.

 

A voçoroca, boçoroca ou ravina é um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão, causados pela chuva e intempéries, em solos onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas. Pobre, seco, e quimicamente morto, nada fecunda.

 

Segundo os estudiosos voçoroca pode ser prevenida com a plantação de árvores na beira dos buracos, que agem como guarda-chuva do solo contra a chuva e vento, além de evitar que o fluxo da água leve consigo terra e sedimentos, que são retidos por suas raízes. É um fenômeno prejudicial, pois destrói terras cultiváveis e colabora para o assoreamento de rios e entupimento de redes de esgoto, que ficam entulhadas por detritos do solo, facilitando o processo das enchentes urbanas.


Fonte: Sul News







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