Leonardo disse que firmou um contrato com a comissão de formatura para devolver a quantia. (Foto: Marcelo Calazans)
O estudante Leonardo Barbosa, de 24 anos, acusado de ter desaparecido com cerca de R$ 10 mil da comissão de formatura do curso de jornalismo da Anhanguera Uniderp, em Campo Grande, prestou depoimento, na tarde desta segunda-feira (19), na 1ª Delegacia de Polícia Civil. À delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, o jovem admitiu que pegou o dinheiro para pagar dívidas.
Conforme Ana Cláudia, Leonardo disse que havia adquirido empréstimos com várias pessoas e não estava conseguindo quitá-los. “Ele confessou ter se apropriado do dinheiro por questões financeiras e com vergonha de falar para a turma, começou a inventar histórias. Ele falou que já está levantando com a ajuda da família o dinheiro para repor à comissão de formatura. Mas, nem a família dele sabia que ele estava endividado”, destacou.
Ao sair da delegacia, Leonardo afirmou que fez um acordo e assinou um contrato com a comissão de formatura para devolver a quantia. “Quando a turma registrou o boletim de ocorrência, eu não estava na cidade. Já expliquei o que aconteceu para a delegada. Prefiro ter uma posição de cautela e deixar que a delegada trabalhe para resolver a situação. Podem procurar a comissão de formatura para obter maiores esclarecimentos”, explicou.
Segundo a delegada, para evitar este tipo de problema, as comissões de formatura devem se organizar melhor. “Aconselho aos estudantes a deixarem o dinheiro com mais de uma pessoa. As contas precisam ser auditadas e é preciso pedir a prestação de contas mensalmente para evitar dores de cabeça”, apontou.
A investigação sobre o caso continua. O estudante foi indiciado pelo crime de apropriação indébita e a pena varia de um a três anos de prisão em regime fechado.
Caso – Conforme os estudantes do curso, Leonardo foi escolhido como o presidente da comissão de formatura. Desde então o grupo não havia notado nada de anormal, até abril do ano passado, quando ele apresentou o primeiro extrato bancário contendo o dinheiro arrecadado por meio de mensalidades e ações beneficentes com taxas anormais.
A partir daí ele deixou de ir as aulas, mas o nome continuava na lista de presença. Ele excluiu todos os colegas das redes sociais e dificilmente era encontrado. Diante da situação, o jovem foi destituído da presidência da comissão e recebeu um prazo para devolver o dinheiro. A data final era primeiro de dezembro de 2014, mas a promessa não havia sido cumprida e a turma resolveu registra o boletim de ocorrência.
Fonte: Campo Grande News