Luciane Costa batalha para manter os filhos na escola. (Foto: Simão Nogueira)
Mato Grosso do Sul é um dos estados melhor posicionado entre as demais unidades da Federação quanto as crianças na faixa etária de seis a 14 anos que frequentam o ensino fundamental. A taxa de frequência bruta, ou seja, aquela que aponta as crianças de uma mesma faixa etária matriculadas frequentando a escola, independente da série, representa 98,1% no total. Já a taxa de frequência líquida, que fornece o percentual da população por faixa etária considerando o grau de ensino da matrícula, também é boa (94,3%).
No entanto, é possível observar uma queda nas duas taxas conforme as faixas etárias e os níveis de ensino avançam. Na frequência bruta, ela representa 83,7% entre as crianças de 15 a 17 anos, 77,9% entre os jovens de 18 a 24 anos e apenas 27% nas pessoas entre 18 e 24 anos e apenas 5,4% nos jovens acima de 25 anos.
Na frequência líquida, ela representa 57,2% dos jovens entre 15 e 17 anos e 17,6% entre os jovens matriculados no ensino superior, com 18 a 24 anos.
Entre os jovens que concluíram apenas o ensino fundamental está Luciane Costa. Hoje com 28 anos, ela conta que não completou os estudos para ajudar nas despesas da família. “Tive que fazer uma escolha. É difícil porque sem escolaridade só consigo emprego como diarista. Pretendo voltar aos estudos para melhorar minha vida”, diz. Mãe de quatro filhos, a dona de casa ficou grávida aos 18 anos e o sonho de retomar os livros ficou mais difícil. “Quero ser professora. Hoje sei a importância do estudo e procuro passar isso aos meus filhos , por isso todos estão na escola”, destaca.
A SIS tem como principal base de informações a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, além de fontes de dados como o Censo Demográfico 2010, a Projeção da População do Brasil por sexo e idade 2013, além de bases de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério daEducação, e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O estudo traz informações sobre demografia, famílias,educação, trabalho, rendimento e domicílios, apresentando novas abordagens, como a análise das diferenças por gênero, cor e raça e idade.
Fonte: Campo Grande News